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20 DIÁRIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS

gência para a discussão do projecto n.° 240. Essa urgência foi aprovada, mas até hoje o projecto não foi pôsto em discussão. Devo declarar que êsse projecto não só é de necessidade que seja discutido, porque a Câmara pratica uma acção de justiça mandando reparar um êrro praticado pelo Ministro dos Estrangeiros do Govêrno Provisório, mas é tambêm de benefício para o país, visto tratar-se de uma indústria nova, que necessáriamente tem de acabar se nós não remediarmos o mal que pelo Ministério dos Estrangeiros se fez; e, por outro lado, evita-se que vão 500 contos de réis por ano para o estrangeiro.

Espero que V. Exa. ponha êsse projecto em discussão, porque não traz aumento de despesa, e antes, pelo contrário, traz aumento de receita.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Transmitirei os desejos de V. Exa. ao Sr. Presidente.

O Sr. Alexandre de Barros: - Solicitava de V. Exa. a fineza de pedir ao Sr. Ministro do Fomento para amanhã dispensar alguns minutos afim de ouvir-me sôbre uma reclamação que desejo fazer, que é de importância, e que S. Exa. pode resolver fácil e rapidamente. Eu não gastarei tempo á Câmara, nem S. Exa. o perderá, nem o país.

O orador não reviu.

O Sr. Ezequiel de Campos: - Não pedi a palavra, para maçar os meus colegas, mas para rogar a V. Exa., Sr. Presidente, o favor de pedir ao Sr. Ministro do Fomento o obséquio de, num dêstes dias, me dar uns momentos de atenção, nesta casa, porquanto desejo pedir a S. Exa. algumas providências acêrca do Alfeite, que nos merece um grande carinho.

O orador não reviu.

O Sr. Tiago Sales: - Sr. Presidente, peço a V. Exa. a fineza de solicitar da comissão de agricultura que, com a máxima urgência, dê o seu parecer sôbre um projecto de lei do Sr. João Gonçalves, que interessa a uma região importante.

O Sr. Álvaro Pope: - Pedi a palavra para solicitar de V. Exa., Sr. Presidente, que veja se consegue que os Srs. Deputados estejam sempre até o fim da sessão, pois é absolutamente indispensável votar alguns projectos, que nunca conseguimos votar.

Não sei se aquela interpretação, que o Sr. Afonso Costa quis apresentar, a um artigo do Regimento, dá uma solução satisfatória.

Creio, mesmo, que não dá, e era bom que a Câmara tomasse uma resolução, e os Srs. Deputados cumprissem o seu dever de estar aqui.

Por exemplo, o projecto de pôrto franco, que desde 1887 está para se discutir, talvez que, se V. Exa. conseguisse que os Srs. Deputados estivessem sempre até o fim da sessão, pudesse ser agora discutido.

Há, tambêm, um outro projecto, que se prende com o ano económico, e nós estamos a 10 dias dêsse ano económico findar. Não sei se V. Exa. sabe a que me quero referir.

O orador não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro: - Pedi, tambêm, a palavra, para ver se V. Exa. Sr. Presidente, consegue o seguinte.

Eu já ouvi dizer que a mesa dirige os trabalhos parlamentares; mas, mesmo marcada a ordem do dia, a Câmara pode alterá-la?

O Sr. Presidente: - Não há dúvida.

O Orador: - Pode vir, por exemplo, à discussão, um projecto, para que não posso estar habilitado a discutir. Por isso, peço a V. Exa. para lembrar, à Câmara, a inconveniência de se apresentar projectos e discuti-los logo, sem que eu tenha o mínimo conhecimento deles.

Assim, é absolutamente impossível um trabalho dêstes. Por isso peço a V. Exa. que tome os seus apontamentos para, na sessão de amanhã, chamar a atenção da Câmara para êste facto.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - A próxima sessão é amanhã, às 13 horas e meia, e a ordem do dia é a mesma que estava dada.

Está levantada a sessão.

Eram 18 horas e 36 minutos da tarde.

O REDACTOR = Sérgio de Castro.