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2092 - I SÉRIE - NÚMERO 61

fervura», porque certamente muitos dos Srs. Deputados que se sentam nessa bancada não compreendiam estes dois pesos e estas duas medidas. Não compreendiam que se pudesse votar a favor de um inquérito parlamentar e contra o outro. Não percebiam que se pudesse ir tão longe no descontrolo político da gestão de uma maioria como V. Ex.ª têm nesta Assembleia. Isto é redimir um erro!
O que é pena - e Uca esta imagem profundamente negativa - é que o nome de um homem, que, como o Sr. Deputado Montalvão Machado aqui disse, é o bem mais precioso que uma pessoa tem, tenha valido tão pouco durante este tempo para o seu próprio partido. Se o PSD tem votado favoravelmente esse inquérito, como era exigível que o tivesse feito, nada disto se passaria e certamente que o cidadão Miguel Cadilhe muito vos tinha que agradecer.
Vêm tarde e não sei se ainda vêm a tempo! O futuro o dirá!

Aplausos do PS, do PCP e do Deputado Independente João Corregedor da Fonseca.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Montalvão Machado.

O Sr. Montalvão Machado (PSD): - Sr. Deputado Octávio Teixeira, V. Ex.ª perguntou por que é que o PSD votou contra o inquérito parlamentar ao Sr. Ministro das Finanças quando ele foi solicitado pelo seu grupo parlamentar. Ora, devo dizer que não tenho culpa que o Sr. Deputado não tenha estado presente nessa altura - e se esteve presente não ouviu ou não compreendeu - e não tenha ouvido as razões que aqui foram largamente explanadas por mim e por outros companheiros do meu grupo parlamentar. Aliás, já referi que não estava na disposição de repetir aquilo que aqui disse. Se realmente o Sr. Deputado quiser saber terá que se dar ao incómodo de ler o Diário da Assembleia e ficará a saber quais são essas razões.
Todavia, quando o Sr. Deputado refere que isto é um «manobrismo» do PSD, devo dizer que o meu partido não costuma usar «manobras», pois não é especialista nessa matéria - poderá sê-lo em outras, mas não nessa! Nisso são os Srs. Deputados professores catedráticos e não queremos aprender absolutamente nada com os senhores a esse respeito.

Aplausos do PSD.

Disse ainda o Sr. Deputado que é possível que não queiram aproveitar as assinaturas que eu lhes ofereci quando produzi a minha intervenção. Ora, se os Srs. Deputados não quiserem aproveitar as assinaturas...

O Sr. João Amaral (PCP): - Mas somos nós?! Os senhores querem ou não assinar?

O Orador: - ..., para que o inquérito tenha um seguimento rápido, imediato, urgente, o problema é vosso!

O Sr. João Amaral (PCP): - Nosso?! O problema é vosso!

O Orador: - Gostaria ainda de dizer, Sr. Deputado, que a carta a que fez referência dizia precisamente o contrário daquilo que disse. O Sr. Ministro Miguel Cadilhe, na carta que escreveu e que o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares aqui leu, dizia precisamente o contrário, ou seja, que ele queria e pedia o inquérito. Aliás, e é verdade aquilo que há pouco aqui referi, ele quase ficou zangado com o Grupo Parlamentar do PSD por este ter votado contra.
Por conseguinte, Sr. Deputado, aconselho que tome qualquer produto farmacêutico para a sua memória para que numa próxima oportunidade se possa comportar de maneira diferente.

Risos do deputado do PCP Octávio Teixeira.

O Sr. João Amaral (PCP): - Um bocado de ginástica todas as manhãs e isso passa-lhe!

O Orador: - O Sr. Deputado António Guterres disse que o meu grupo parlamentar demorou cerca de um mês a compreender o que é que se passava. Isso não é verdade: não demorou um mês, nem sequer uma hora, um minuto ou um segundo! O Sr. Deputado, que é um homem inteligente - e faço-lhe essa justiça -, deve compreender que o inquérito pedido contra o Ministério das Finanças e contra o cidadão Miguel Cadilhe é totalmente diferente daquele que é pedido ao Ministério da Saúde que, só por apêndice, traz a pessoa da Sr.ª Ministra da Saúde e do Sr. Secretário de Estado.
A questão não é essa nem é esse o desafio que vos fazemos.
Quando o PCP veio aqui deduzir o pedido de inquérito, todas as oposições o aplaudiram. Ora, como o Regimento permite que com 50 assinaturas qualquer pedido de inquérito comece o seu percurso, como os Srs. Deputados são 102, era de esperar que conseguissem as SÓ assinaturas. Ó que pretendíamos era que os senhores tivessem tido a coragem, que até agora não tiveram, de viabilizar o inquérito ao ministro das Finanças.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Foi por isso que hoje aqui viemos dizer: «como os senhores não têm capacidade, nem coragem, nem consciência, nós viemos ajudá-los». Fazemo-lo pela simples razão de que queremos a verdade, e queremo-la tão rápida quanto possível.

Aplausos do PSD. Protestos do PCP.

Srs. Deputados, tenham calma e aprendam a comportar-se num Parlamento democrático.

Aplausos do PSD.

O Sr. João Amaral (PCP): - Estamos calmíssimos!

O Orador: - Sr. Deputado António Guterres, devo dizer que não esperava que, a propósito desta matéria, V. Ex.ª trouxesse aqui o caso da expulsão de um militante do meu partido.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Gostaria ainda de dizer, Sr. Deputado, que a carta a que fez referência dizia precisamente

O Orador: - Confesso que não esperava isso porque nós nunca por nunca nos metemos nas questões

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