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2362 I SÉRIE - NÚMERO 70

margem norte e também os centros fortemente de concentração urbana, que há na chamada Outra Banda?
Eram estas questões que gostaria de ver esclarecidas, Sr. Ministro.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: - Sr. Deputado Eduardo Pereira, ouvi com atenção o seu pedido de esclarecimento relativamente ao problema das seis faixas. Tal problema - e com isto respondo também ao Sr. Deputado Maia Nunes de Almeida- não está, de maneira nenhuma, posto de lado. A existência de cinco faixas não é incompatível com a de seis faixas. A solução das seis faixas tem vantagens, nomeadamente a de se poder fazer quatro faixas de um lado e duas do outro, que a das cinco não tem. Saliento até o facto de porventura a solução das cinco faixas comportar algum risco de ser exequível: Continua a vigorar o programa que estava elaborado. A única coisa que se juntou, de emergência, foi a criação das cinco faixas.
Quero igualmente fazer, a propósito da origem destas ideias e destas estradas, e se me é permitido usar a figura da defesa da honra, o seguinte comentário: os senhores não estão na oposição por não quererem soluções para os problemas, mas porque o povo português achou que os senhores não eram capazes de as encontrar. Não é por não quererem, mas sim por não as terem posto em prática.

Aplausos do PSD.

Sr.ª Deputada, insisto em que a pintura não custa 8 milhões de contos. Falei em pintura e outras beneficiações, nomeadamente a electrificação, a introdução de ar comprimido e a introdução de uma passagem para manutenção. Julgo, embora haja pouca experiência nessa área, que o custo da pintura deverá orçar entre os 5 e os 6 milhões de contos. É preciso fazer a pintura, como se calcula, já que, como eu disse, a Ponte nunca foi repintada desde que foi construída. É necessário, pois, ter isso em conta. Não é um custo a lançar na obra de alargamento, mas sim um custo a lançar na manutenção da ponte.
Respondendo ao Sr. Deputado Maia Nunes de Almeida, a propósito da questão da nova ponte, eu não disse que iria obrigatoriamente haver uma nova ponte. Há-de haver uma alternativa, uma passagem contínua do Tejo. Não sabemos ainda - é cedo para o dizer - se essa alternativa será uma ponte ou eventualmente um túnel. Não estou em condições de responder a essa questão, mas não é por minha deficiência pessoal, pois julgo que ninguém estará. As pessoas estão a estudar o assunto e ainda estão longe de tirar uma conclusão e fazer uma proposta.
Em todo o caso - e respondo também, em parte, ao Sr. Deputado Eduardo Pereira-, devo dizer que a ideia, de que actualmente a ponte serve de passagem, entre o Norte e o Sul não tem fundamento nos números. Segundo os cálculos e as sondagens feitos, apenas cerca de 3 % das passagens na ponte se referem a passagens norte-sul. Actualmente, o tráfego norte-sul faz-se sobretudo pela Ponte de Vila Franca de Xira, por razões óbvias. Não precisando ele de passar pela ponte sobre o Tejo; pura e simplesmente não passa por ela.

Uma voz do PCP: - 3 % é muita coisa!...

O Orador: - É, efectivamente, muita coisa.
Julgo, no entanto, que é prematuro falar nesse assunto, nem estarei em condições de ter uma intervenção activa num debate dessa natureza.

O Sr. Eduardo Pereira (PS): - Dá-me licença que o interrompa, Sr. Ministro?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Eduardo Pereira (PS): - Sr. Ministro, permita--me apenas uma pequena correcção: quando fala em norte-sul, eu refiro-me a Lisboa margem norte-margem sul. E neste caso a percentagem não é de 3 %. Ou seja: um está a dar o volume total de tráfego entre o Norte e o Sul do Tejo e o outro está a falar do movimento Lisboa-Almada e Almada-Lisboa.

O Orador: - É verdade, Sr. Deputado. Mas julgo que era essa a acepção do Sr. Deputado Maia Nunes de Almeida.

O Sr. Cardoso Ferreira (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra, para interpelar á Mesa.

O Sr. Presidente: - Faz favor, Sr. Deputado.

O Sr. Cardoso Ferreira (PSD): - Sr. Presidente, requeiro, nos termos regimentais, a interrupção dos trabalhos por quinze minutos!

O Sr. Presidente:.- Assim se fará, por ser regimental. Como, porém, terei de estar presente numa tomada de posse às 17 horas, solicito desde já ao Sr. Vice-Presidente Marques Júnior o favor de assumir a presidência após o intervalo.
Em relação aos dois votos apresentados na Mesa, perguntaria ao PSD se está de acordo em que procedamos de imediato, antes da interrupção, à sua votação. .
Tem a palavra ò Sr. Deputado António Guterres.

O Sr. António Guterres (PS): - Sr. Presidente, quero, aproveitando esta "boleia", pedir ao meu grupo parlamentar que durante o intervalo se reúna na nossa sala.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Cardoso Ferreira está em condições de responder à questão que lhe coloquei?

O Sr. Cardoso Ferreira (PSD): - Sr. Presidente, pensamos que não é possível proceder à referida votação antes do intervalo, na medida em que haverá intervenções, pelo menos da parte da minha bancada, acerca desses votos. Julgamos que seria melhor fazer a votação quando se retomarem os trabalhos.

O Sr. Presidente: - Assim se fará, Sr. Deputado.

Vamos então interromper os nossos trabalhos por quinze minutos.

Está suspensa a sessão.

Eram 16 horas e 30 minutos.

Após o intervalo, assumiu a presidência o Sr. Vice-Presidente Marques Júnior.

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