O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1528 I SÉRIE -NÚMERO 47

Simultaneamente, e com a colaboração de elementos da Direcção-Geral de Florestas, Instituto Nacional de Metereologia e Geofísica e Instituto Geográfico e Cadastral, efectuaram-se vários cursos de quadros de bombeiros que serão reeditados durante o corrente ano.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Este ano estão já calendarizados cinco cursos de operadores de centros de coordenação operacional, três cursos de quadros intermédios, quatro cursos básicos para comandantes e três cursos de comandos operacionais, que serão ministrados nos próximos quatro meses.
Vislumbra-se assim, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, uma nova era, mais dinâmica e mais responsável, para a vivência da prática da protecção civil em Portugal. Saudámo-la.
Ao Governo solicita-se, diria mesmo, exige-se, todo o empenhamento no incremento e desenvolvimento destas medidas. O voluntariado em Portugal, com características ímpares em todo o mundo, bem merece esta nova postura do Governo.
Há que sensibilizar camadas jovens para a prática desta forma de solidariedade. Não basta o incentivo local. É aos responsáveis que compete criar as condições que conduzam a este objectivo, agora vislumbradamente atingido.
Parece, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, que estamos no bom caminho. O bom exemplo dos nossos parceiros comunitários está a dar bons resultados. Assim saibamos continuar e desenvolver essas experiências. Pela nossa parte, Partido Renovador Democrático, estamos confiantes nas medidas agora iniciadas.

Aplausos do PRD e do deputado do PSD José Silva Marques.

A Sr.ª Presidente: - Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados José Silva Marques e Francisco Antunes da Silva.
Tem a palavra O Sr. Deputado José Silva Marques.

O Sr. José Silva Marques (PSD): - Quero apenas registar o facto de, numa tarde de tanta e atroz demagogia miserabilista, o Sr. Deputado Rui Silva ter feito um discurso que, embora tenha reconhecido aspectos positivos na acção do Governo, não foi por isso um discurso de elogio ao Governo. Foi, sobretudo, um discurso que contribuiu para a elevação e a dignificação do debate parlamentar.
Quando o debate parlamentar se limita a uma oposição rígida e sectária, não vendo mais do que a luta contra o Governo, não é o Governo que sai mal desse tipo de debate mas sim o Parlamento. Por isso, permita-me, Sr. Deputado, pôr em relevo o seu discurso, porque ele, felizmente, saiu desse sectarismo atroz que causa prejuízo não ao Governo, que passa bem por cima desse tipo de oposição, mas ao País e, muito particularmente, ao Parlamento.
Quero, pois, pôr em relevo o seu discurso, não por pretender que o Sr. Deputado apoie ilimitada e incondicionalmente o Governo - o que pretendeu foi apenas pôr em relevo estes aspectos positivos da acção governativa, como decerto chamará a atenção para as parcelas negativas da sua actuação - mas por julgar que esse mesmo discurso foi uma «ilha» nesta tarde de demagogia miserabilista e sectária contra o Governo, o que, repito, causa prejuízo sobretudo à elevação e dignidade dos debates parlamentares.
Na realidade, Sr. Deputado, não pretendia colocar-lhe uma pergunta mas, sim, fazer uma afirmação. E, por razões meramente formais, não iria escamotear este aspecto afirmativo que, de facto, é o que desejo assinalar.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado Rui Silva, há mais um orador inscrito para pedir esclarecimentos. Deseja responder já ou no fim?

O Sr. Rui Silva (PRD): - No fim, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: - Então, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Antunes da Silva.

O Sr. Francisco Antunes da Silva (PSD): - Sr. Deputado Rui Silva, pedi a palavra, não para lhe formular um pedido de esclarecimento mas para saudar a sua intervenção. Muito daquilo que gostaria de ter dito já o foi, e de uma forma muito elevada, pelo meu colega de bancada José Silva Marques. Porém, não quero, como pessoa ligada a esta questão dos bombeiros, deixar de fazer esta observação para saudar o realismo do seu discurso, a forma elevada como foi feito e também, em termos temporais, a sua oportunidade.
Estamos, de facto, na altura em que devemos começar a cuidar das questões que nos afligem noutras épocas do ano e também por essa razão aqui fica a minha saudação. A forma elevada e inteligente como o fez, em termos de reconhecimento da acção do Governo numa área e em prol de uma causa que para todos não deixa dúvidas quanto à sua nobreza, contrasta com a cegueira de outras oposições que teimam em dizer mal por dizer. Parabéns, Sr. Deputado!

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Silva.

O Sr. Rui Silva (PRD): - Pese embora o facto de não me ter sido colocada qualquer questão, naturalmente que não quero perder a oportunidade para recordar aos Srs. Deputados que me interpelaram o seguinte: tudo aquilo que se fizer em prol dos bombeiros - e dadas as circunstâncias em que eles têm vindo a trabalhar desde há tantos anos - não será demais. Todos aqueles que, como eu e o Sr. Deputado Francisco Antunes da Silva, comungam dessa preocupação há longos anos, sabem que nunca estarão satisfeitos com tudo aquilo que for feito para aumentar a sua capacidade de intervenção e de formação.
Naturalmente que não poderia deixar de saudar aquilo que está a ser feito no âmbito do Serviço Nacional de Bombeiros e do Serviço Nacional de Protecção Civil, como pessoa preocupada e interessada que sou sobre estas matérias.
Recentemente, efectuei uma visita à Escola Nacional de Bombeiros, o que para mim constituiu uma agradável surpresa e me permitiu verificar que, e afinal de contas, única e exclusivamente com as possibilidades que têm ao seu dispor, recentemente, têm feito, como disse e muito bem, quase milagres. Foi neste sentido que intervim, recordando que os bombeiros portugueses são uma força consideradamente apolítica que, não se interessando nem intervindo na vida política nacional, tem em vista única e exclusivamente, de acordo com o seu sentido altruísta, co-

Páginas Relacionadas