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O Orador: - Parece-me que não valeu tanto a pena a intervenção que o Sr. Deputado hoje aqui fez quando se tratava de dizer, de decidir, de tomar posição política sobre propostas, sobre iniciativas que têm a ver com a intervenção na vida política, na vida pública, com a intervenção no futuro e no desenvolvimento do nosso país e também no bem-estar dos cidadãos.
E, no entanto, sobre estas questões, V. Ex.ª disse que «a política de ambiente em Portugal tem de levantar voo». Mas eu diria que essa sua afirmação tem muito a ver com a intervenção que fez. De facto, esse tipo de intervenção, vaga e pouco concretizada, tendo em conta as propostas concretas e objectivos bem dirigidos para que apontam os nossos projectos, diz bem da forma como o Sr. Deputado tem entendido as nossas propostas e como está disposto a considerá-las.
Certamente que o Sr. Deputado, face às propostas que apresentamos, estará mais de acordo com a situação criada, por exemplo, em Riba de Ave quando se sabe que em Fevereiro deste ano o Ministro do Ambiente e Recursos Naturais se preocupava em ter um parecer sobre a forma de resolver as preocupações e as reivindicações daquela população e quando, já há um ano atrás, as respectivas direcções-gerais tinham dado um parecer favorável à viabilização do projecto.
O Sr. Deputado não estará muito preocupado neste caso concreto, mas já estará certamente preocupado com algumas situações como a que foquei, que têm a ver com o procedimento naquela região do país da força política que V. Ex.ª representa.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Não são autarcas do Partido Socialista?

projectos de lei sobre os transportes de mercadorias perigosas e poluentes por mar.
Pensamos que o Sr. Deputado está de acordo com a import A outra pergunta prende-se com a questão que V. Ex.º levantou, e que achei interessante, até porque tenho à minha frente a resposta a um requerimento apresentado pelo PCP, sobre a forma ligeira como o Governo enfrenta determinados problemas.
Assim, na resposta a este requerimento acerca da seca, o Governo vem dizer-nos que «os valores de precipitação das últimas chuvas de Maio permitem concluir que o corrente ano hidrolOgico, se bc;m que seco, não pode ser, felizmente, considerado extremamente seco ou como situação calamitosa».
Ora, isto representa algo de escandaloso e talvez sirva para explicar a questão com que o Governo nos brinda no último parágrafo da resposta e que diz: «A resolução das questões pontuais no âmbito do abastecimento doméstico de agua é no entanto da total responsabilidade dos municípios.»

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - E não é?!

A Oradora: - Sr. Deputado Carlos Coelho, se num
ano de seca quiser mandar «tudo» para cima dos

O Orador: - Certamente, quando não for assim, V.municípios, qualquer dia vem dizer que cada município

Ex.º estará mais preocupado e votará favoravelmente e sa
berá defender os projectos

U Sr. Carlos Coelho (PSD): - Os senhores é que que
O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Os autarcas são sucia- rem que o Governo liça chuva!
listas. Os socialistas estão a agredir o ambiente!
A Oradora: - Sr. Deputado Carlos Coelho, eu penso
O Sr. Presidente (Adriano Moreira):- Sr. Deputado, que não deve introduzir no debate graçolas menos sérias
é favor abreviar as suas considerações porque já que só se perdoam porque u senhor é um rapaz
ultrapassou o seu tempo.

tem de ter uma fábrica de fazer chuva.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
... e apresentará propostas para melhorar as que ora apresentamos, que, aliás, têm objectivos, tare um sentido concreto das realidades, e não acham a qualquer preço e em qualquer sítio.

O Sr. Presidente (Adriano Moreira): - Sr. Deputado José Sócratcs, havendo outro polido de esclarecimento, V. Ex.º deseja responder já ou no fim?

O Sr. José Sócrates (PS): -No tire, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Adriano Moreira): - Então, tem a palavra a Sr.º Deputada Lourdes Hespanhol.

A Sr' Lourdes Hespanhol (PCP): - Sr. Deputado José Sócrates, ouvimos com atenção a intervenção que fez e estamos de acordo consigo nalgumas questix;s que apontou, mas achamos que ela pecou por pequena no que se refere
à ordem do dia e, principalmente, no que se refere aos

O Sr. Presidente (Adriano Moreira): -Srs. Deputados, peço o favor de evitarem o diálogo.

U Sr. Carlos Coelho (PSD): - Sr. Presidente, tem toda a razão, mas quem começou com as fábricas de fazer chuva foi a Sr." Deputada Lourdes I-iespatthol, não fui eu!

O Sr. Presidente (Adriano Moreira): - Queira prosseguir, Sr.º Deputada.

A Oradora: -Muito obrigado, Sr. Presidente.
Estava eu a ler a resposta a um requerimento e não vou continuar a falar wnn o Sr. Deputado Carlos Calho porque penso que ele não está a levar a sério esta questão.

O Sr. Carlos Coelha (PSD): - Os senhores é que disseram que a resposta do Governo não era séria.

A Oradora: - Aliás, esta questão é bastante séria, porque o Governo, por um lado, promete na televisão, na comunicação social, que vai resolver os problemas prementes,

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