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2938 I SÉRIE - NÚMERO 87

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Não apoiado!

O Orador: - Eu até nem gostaria de fazer a insinuação, que não faço, de que os senhores até ficam nervosos cada vez que resolvemos um problema do País.

Vozes do PS: - Exactamente!

Protestos do PSD.

O Orador: - Fica-lhes mal, cai-lhes mal... Os senhores sentem-se mal... Achavam que este país já não conseguia viver sem os senhores no governo e não admitem...

Protestos do Deputado do PSD Guilherme Silva.

Ó Sr. Deputado, então o senhor que é Deputado da Madeira, onde o Governo regional dá. mais dinheiro por ano aos clubes do que o Totobola dá a todos os clubes portugueses, ainda tem lata para estar a falar nisso? Se eu fosse o Sr. Deputado pelo menos mantinha-me silencioso neste debate.

Protestos do PSD.

Aliás, V. Ex.ªé uma das incógnitas de como vai votar.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - De forma nenhuma! Está enganado!

O Orador: - Como é que é possível apoiar uma coisa quando chega de avião à Madeira e dizer e fazer o contrário quando chega aqui? É uma coisa curiosa, vamos ter todos oportunidade de ver.

Aplausos do PS.

Repito, o Governo Regional da Madeira, que V. Ex.ª apoia - ou também já não apoia? V.Ex.ª apoia! -, dá mais dinheiro aos clubes da Madeira, a dois ou três clubes, do que todo o Totobola dá a centenas de clubes em Portugal. Esta é que é a questão - e é um governo do PSD, é um governo do seu partido.

Aplausos do PS.

Relativamente às questões que o Sr. Deputado Manuel Monteiro colocou, tem razão - e a verdade acima de tudo! -, o que está no programa do PP é a transferência das verbas para o desporto. Mas, Sr. Deputado, também lhe digo uma coisa: em Portugal, infelizmente, fora dos clubes não há muito desporto...

Vozes do CDS-PP: - Ah!...

O Orador: - Ou, então, os senhores não conhecem o que se passa no País. Eu admito.

Protestos do CDS-PP.

Não se agitem, tenham calma!
Mas também nesta matéria é importante referir uma coisa. Pelo que eu percebi, o Sr. Deputado está de acordo com a transferência do Totobola desde que fosse todo para o desporto. É isso que está no programa, portanto, quanto a isso está de acordo.
Mas também não apresentou alternativa nenhuma. Então, o dinheiro que a Santa Casa da Misericórdia recebia quem é que o pagava? Nós assumimos claramente que deve ser o Orçamento do Estado e, na nossa proposta, a Santa Casa da Misericórdia não perde um centavo. Os senhores não apresentaram nada, portanto, iam tirar receitas às instituições de solidariedade social.

Aplausos do PS.

Sr.ª Deputada Manuela Ferreira Leite, sou-lhe franco em dizer que o debate de hoje não me leva a responder, às vezes, como eu gostaria de entrar nestas temáticas parlamentares. Tenho muito respeito por V. Ex.ª há muitos anos, mas a forma como hoje se me dirigiu penso que não é muito própria da Sr.ª Deputada Manuela Ferreira Leite, que me habituei a conhecer como Deputada e como membro de governo no passado. Portanto, preferia nem sequer comentar aquilo que disse, porque o disse num tom que acho que não deve ser o tom da dignidade que esta Assembleia e este debate exigem.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD, batendo com as mãos nas bancadas.

Só constato que também V. Ex.ª não apresentou qualquer proposta alternativa, defendeu uma política de total «terra queimada», acusando tudo e todos e, em particular, acusando-me a mim, de uma forma muito pouco correcta. Peço-lhe desculpa por aquilo que estou a dizer.
O Sr. Deputado Octávio Teixeira disse que eu hoje estava mais moderado no discurso. É óbvio, somos todos seres humanos e penso que cada coisa em seu tempo. Este é o tom que é preciso utilizar neste debate, porque aqui é a situação que exige que ele seja feito, mas conte comigo para quando for preciso outro tom. Cá estou para o que for preciso...

Risos e aplausos do PS.

..., seja no que for, com a mesma convicção de sempre. E embora hoje o tom seja mais moderado é com a mesma convicção de sempre que estou aqui a defender, como antes, as propostas do Governo, com muito orgulho e convicção, porque defendo em todas as ocasiões aquilo que o Governo faz.

O Sr. Presidente: - Sr. Ministro, terminou o seu tempo. Queira terminar.

O Orador: - Sr. Presidente, só mais um minuto, se me permitir.
Relativamente à questão que já foi aqui colocada por vários Srs. Deputados sobre o montante exacto das dívidas, também estou de acordo que o Sr. Ministro das Finanças, ao fazer o despacho... É preciso saber exactamente o montante das dívidas! Eu também não sei!

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Ah, não sabe!

O Orador: - Nem os clubes sabem, Sr. Deputado! Portanto, é preciso dizê-lo claramente.

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Isso é gravíssimo!

O Orador: - É gravíssimo?...

O Sr. Presidente: - Ó Srs. Deputados, enquanto o Sr. Ministro está a usar da palavra, peço que evitem interrupções. Peçam-no depois, têm direito a isso.
Sr. Ministro, peço-lhe que termine.

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