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4172 I SÉRIE - NÚMERO 110

O Sr Carlos Coelho (PSD) - Corresponde a promessas do PS! Promessas que os senhores fizeram e que não querem ou não sabem cumprir!

A Oradora: - Sr. Ministro, V. Ex.ª teve o cuidado de dizer que havia muito por fazer. Naturalmente, nós sabemos que há muito por fazer, só quem tem estado distraído ou esteve distraído durante 10 anos, e continua distraído é que não sabe.
O envolvimento das pessoas faz-se com uma boa forma de aproximação e eu como Deputada, tive oportunidade de estar em algumas escolas, em algumas grandes escolas da cidade de Lisboa, para ver com os meus olhos e não estar apenas à maré daquilo que a comunicação social relata, e vi como é que o ano lectivo começou. E eram escolas normalmente muito turbulentas, em que as coisas começavam mal. Aponto-vos uma - a Escola Secundária de Gil Vicente, que era uma escola onde as coisas nunca começavam na devida ordem e onde o ano lectivo começou bem.
De qualquer modo, Sr. Ministro, penso que a liderança das escolas e determinante para que esta tranquilidade se possa Mia manter, mas, quanto ao modelo de gestão das escolas, já nos demos conta de que nem o modelo antigo, o modelo que corresponde aos conselhos directivos, nem o novo modelo de gestão, com os directores executivos, serão a melhor forma de conduzir a liderança das escolas. E sem lideranças fortes não haverá bom funcionamento nas escolas. Por isso, quanto à liderança das escolas, quanto ao novo modelo ou não novo modelo de gestão, gostaria que o Sr. Ministro nos desse alguma indicação daquilo que está a ser feito ou que vai ser feito.
A avaliação dos professores é algo que não foi feito e que quando e focado, cria sempre uma agitação muito grande, quer nas organizações sindicais quer a nível do professorado que sente sempre com grande intranquilidade esta aposta na avaliação dos professores Sr. Ministro, será possível apontai algum caminho ou o que é que o Ministério da Educação pensa fazer sobre este assunto?
Ficar-lhe-íamos muito gratos, Sr. Ministro, e bem haja por ter vindo a esta Câmara.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Correia da Silva.

O Sr. Nuno Correia da Silva (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Educação, confesso que este Governo não pára de me surpreender. E creio mesmo que o próprio Governo está surpreendido com ele próprio, porque o Sr. Ministro veio dizer à Câmara, aos Deputados, que o Governo fez aquilo que é seu dever fazer.

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Nos últimos anos isso era uma novidade!

O Orador: - Estamos habituados a que o Governo venha aqui por duas ordens de razões, ou porque os Deputados chamam o Governo para lhe pedir esclarecimentos ou porque o Governo tem algo de novo a dizer ao País Ora. neste caso, a novidade do Governo, que foi anunciada pela voz do Sr. Ministro da Educação, é a de que as coisas correram bem na abertura do ano lectivo, ou seja, os alunos foram à escola, os professores estavam presentes e as portas abriram-se. Ó Sr. Ministro, grande novidade!
Mas isso leva-nos a ter muitas outras preocupações: se o Ministro da Justiça não vier a esta Câmara dizer que o ano judicial correu bem é porque correu mal se a Sr.ª Ministra da Saúde não vier a esta Câmara dizer que os hospitais estão a receber os doentes nas urgências e que os doentes estão a ter consultas é porque a saúde não está a funcionar.

Sr. Ministro, esta atitude do Governo é pelo menos sui generis!

O Sr José Magalhães (PS) - Esse raciocínio é curiosíssimo!

O Orador: - Exactamente, Sr. Deputado José Magalhães! Muito obrigado pelo aparte' De facto, este raciocínio é perigosíssimo!

O Sr. José Magalhães (PS): - Por isso é que ninguém o faz!

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Se é que é raciocínio!

O Orador: - Mas gostava que o Sr. Ministro esclarecesse uma coisa que me inquietou bastante o espírito. O Sr. Ministro disse que, contra ventos e marés, as coisas correram bem. Pergunto-lhe, Sr Ministro há novas forças de bloqueio? Quais são estas novas forças de bloqueio!

O Sr. José Calçada (PCP): - Alunos e professores!

O Orador: - De onde sopram esses ventos e de onde vêm essas marés, Sr. Ministro! Era bom que esta Câmara o soubesse! Era bom que esclarecesse a esta Câmara de onde vêm esses ventos e quem promove essas marés que tudo tentaram fazer para que as coisas corressem menos bem.
O Sr. Ministro falou também na aposta no profissionalismo. É evidente que a qualidade passa pela aposta no profissionalismo, é evidente que a dignidade do próprio estatuto do professor passa pela aposta no profissionalismo, mas, Sr. Ministro, quanto a esta matéria, o que é que mudou. Continuamos a ter,
permita-me a expressão, "professores saltimbacos", professores que num ano dão aulas numa escola e no outro ano dão aulas noutra escola, professores que não conseguem estabelecer aquela ligação que é fundamental para o êxito e o sucesso escolares entre o aluno e o professor, entre o professor e a escola, entre a escola e o meio envolvente Quanto a isso, o que é que mudou, Sr. Ministro! Estas novidades e estas mudanças é que deviam merecer a atenção e a preocupação do Governo e é para elas que peço um esclarecimento. Sr. Ministro

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Luísa Mesquita.

A Sr. Luísa Mesquita (PCP)- - Sr. Presidente, Sr. Ministro, penso que não é demais reafirmar aquilo que já foi dito aqui por alguns Srs. Deputados
De facto, para não dizer que é caricato, é, pelo menos, estranho que o Sr. Ministro venha aqui, a Câmara, anunciar que este ano lectivo abriu com mais normalidade do que o ano lectivo anterior, depois do período de férias. É que

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