O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2932 I SÉRIE - NÚMERO 85

se-á num significativo acréscimo de movimentação da carga no porto comercial da Figueira da Foz, a que a ligação ferroviária ao porto trará importantes benefícios e rentabilidade acrescida.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: A justiça não se agradece, cumpre-se. Permito-me por isso, nesta data, endereçar uma palavra de estímulo ao Governo da República, para que continue no rumo traçado atento aos sinais do tempo e à exigência de rigor, modernidade e competitividade no contexto de uma economia mundial cada vez mais globalizante.
Permita-me ainda uma palavra de gratidão a todos aqueles - e muitos são - que desde sempre acreditaram e acreditam no projecto, não esquecendo as autoridades portuárias da Figueira da Foz, as empresas operadoras, os importadores e exportadores do porto comercial da Figueira da Foz, os autarcas, os órgãos de comunicação social, os trabalhadores da Junta Autónoma e do Porto da Figueira da Foz, o tecido empresarial local e regional e, afinal, todos aqueles que acreditam que é possível, com trabalho, perseverança e rigor, construirmos o nosso futuro colectivo.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Se o porto comercial e as suas acessibilidades entram agora num ritmo e numa fase de execução concreta, outras acessibilidades estão mais desfasadas no tempo.
É certo que, em breve, a BRISA iniciará as obras de construção do IP3, que vai ligar, em auto-estrada, Trouxemil a Santa Eulália: é certo que a beneficiação da EN n.º 111 (Figueira da Foz-Coimbra, via Tentúgal) progride a olhos vistos -, é certo que, muito em breve, teremos o início da via Taveiro/Arzila, que, após prolongamento até Granja do Ulmeiro/Montemor-o-Velho, será uma alternativa credível na ligação Figueira da Foz-Coimbra, pela margem esquerda do rio Mondego.
Mas a sul, a ligação à auto-estrada em Pombal está ainda numa fase mais atrasada, a que não é alheia a inexistência de qualquer projecto para o IC8 aquando da posse do Governo em 1995.
Também a ligação Leiria-Figueira da Foz se faz pela actual EN n.º 109, com manifesto prejuízo, em tempo e custo, de todos aqueles - e muitos são - que circulam entre a Figueira da Foz e Leiria.
Este tráfego, calculado em mais de 10 000 viaturas/dia, enfrenta hoje problemas acrescidos, pelo facto de também a circulação de transportes pesados para o porto comercial da Figueira da Foz e para as unidades de produção de pasta de papel se deslocarem por esse eixo rodoviário.
É preciso ultrapassar com imaginação os constrangimentos orçamentais. Assim sendo e pela visível necessidade estratégica de, com maior rapidez, proceder às ligações eficientes entre a Figueira da Foz e o nó da auto-estrada em Pombal e entre Leiria e Figueira da Foz, encurtando o mais possível prazos de execução, entendo solicitar ao Governo que proceda com urgência ao estudo da viabilidade de lançamento de um concurso público para a concessão de um troço de auto-estrada entre Leiria e Figueira da Foz, prolongando a auto-estrada do Oeste que, começando em Lisboa, termina, neste momento, em Leiria.
Em simultâneo, tal estudo e tal concurso deverão conter a obrigação da construção do nó do ICS entre a Marinha das Ondas e o nó da auto-estrada em Pombal, por forma a articular toda a malha de tráfego que do sul e centro se desloca para aquela zona.
A concretização destes troços - auto-estrada Leiria-Figueira da Foz e do IC8 até ao nó de Pombal - encurtaria, estamos certos, os prazos previstos de execução e dotaria a região litoral oeste de uma rede viária capaz, segura e com eficácia suficiente para responder às exigências do século XXI.
Tal como no passado, os novos «velhos do Restelo», os profetas da desgraça, dirão que tal objectivo é impossível de atingir. Deixá-los dizer! O futuro constrói-se pelos homens e pelas mulheres que acreditam nas causas por que se batem. e nós, tal como a maioria dos portugueses, acreditamos neste Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado João Poças Santos.

0 Sr. João Poças Santos (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Passados que estão 3/4 desta Legislatura, é tempo de, em termos nacionais mas também ao nível de cada um dos círculos eleitorais pelos quais fomos eleitos, se fazer um balanço da actividade governativa e do grau de cumprimento das promessas eleitorais que a nova maioria prodigalizou aos portugueses.
De facto, no final da sessão legislativa não basta debater o estado da Nação, é igualmente importante avaliar a situação, em termos objectivos, de cada um dos distritos e dos investimentos e realizações a registar.
Ora, em termos do distrito que me elegeu, o distrito de Leiria, a análise fria destes três anos é, no mínimo, de acabrunhar o mais optimista. A decepção é total.
Os então candidatos socialistas, nos idos de l995, basearam a sua mensagem política, com uma sobranceria nunca vista, em três pressupostos, que foram repetidos até à exaustão no decorrer da campanha eleitoral distrital: o PSD tinha prejudicado Leiria face a outras parcelas do território nacional, subalternizando-a em termos administrativos e de opções de desenvolvimento; os Deputados e demais responsáveis políticos do PSD no distrito não tinham qualquer protagonismo e o seu peso político era insignificante -, as obras públicas que tinham sido construídas ou lançadas na região eram um mero afloramento da execrável «política de betão» e, sobretudo, não eram integradas e articuladas num plano estratégico de desenvolvimento.
Ao fim de três anos de maioria rosa e de poder socialista qual é o ponto da situação?
Em primeiro lugar, relativamente à afirmação de Leiria em termos regionais, os socialistas têm colocado a opção da regionalização como aposta ideológica e partidária acima dos interesses distritais, fingindo ignorar que, dada a especificidade do distrito e da área de influência da cidade de Leiria, qualquer que seja o modelo regionalizador ele sempre terá consequências muito negativas para o futuro. Ao menos alguns ilustres socialistas de Coimbra, numa manifestação de genuíno apego à sua terra, falam de «coimbricídio» relativamente ao modelo que o PS veio a propor, mostrando o que realmente está em jogo.
No caso de Leiria, nenhum dos figurinos nos convém: nem a dependência de Coimbra, que se tem relevado incapaz de criar quaisquer laços de solidariedade regional, nem a opção de ligação a Santarém, com a qual não temos afinidades tanto do ponto de vista cultural como em termos económicos, se exceptuarmos o concelho de Ourém.
Aliás, os recentes episódios da localização de Direcção Regional dos Portos na Figueira da Foz ou, sobretudo, do Centro de Formalidades de Empresas, que foi sediado em Coimbra, apesar de nesta cidade se criarem um número muito inferior de novas sociedades comerciais relativamente a Leiria, demonstra eloquentemente o que aconteceria

Páginas Relacionadas
Página 2950:
2950 I SÉRIE - NÚMERO 85 herdades e Garantias, relativo ao projecto de lei n.º 399/VII - Di
Pág.Página 2950
Página 2951:
27 DE JUNHO DE 1998 2951 167/VII, tal como já o havia feito em 22 de Maio passado na votaçã
Pág.Página 2951