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2934 I SÉRIE - NÚNIERO 85

mos 15 anos». E recordar-se-á, com certeza, quem foram os governos que estiveram no poder, nos últimos 15 anos ...!

Vozes do PS: - Já se esqueceu!

O Orador: - Por outro lado, em relação às três críticas que são feitas pelo PS nesse manifesto, e que são verdadeiras - o facto de o PSD ter desleixado Leiria; o facto de não haver protagonismo da parte dos Deputados do PSD, protagonismo que V. Ex.ª veio agora elogiar, por força desse documento; e a política do betão -, o PS tem tido um atitude diferente. Ainda ontem, Sr. Deputado, foi assinado um protocolo na Marinha Grande para a criação de escolas profissionais, de um centro empresarial, que não é edifício, mas são estruturas humanas para o desenvolvimento da região. Mas muitas outras obras foram iniciadas pelo PS - e durante muito tempo desleixadas pelo PSD , como, por exemplo, os acessos à auto-estrada, muitas vezes tendo até o Partido Socialista e o seu governo de corrigir os desleixos da própria autarquia.
Como V. Ex.ª sabe, foi o PS que, através da respectiva Secretaria de Estado, teve de corrigir ou contribuir para a correcção do projecto de acesso à auto-estrada que a autarquia do PSD tinha criado, que era um projecto absurdo, uni projecto pré-histórico. Só agora - e faço essa justiça -, com a vossa concordância e também com a vossa iniciativa, é que esse desleixo, por exemplo, na questão dos acessos da auto-estrada, está a ser corrigido.
Também na lagoa de Óbidos, em relação à qual, como V. Ex.ª sabe, durante anos e anos, não foram feitos mais do que projectos e discussões, a obra está a começar, e, apesar de todas as dificuldades que foram levantadas nesta Câmara por VV. Ex.ªs, a via do Oeste está a avançar, os concursos estão feitos e vai avançar, com certeza, através dos processos criativos que o Governo do PS tem conseguido.

O Sr. Presidente: - Agradeço que termine, Sr. Deputado.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente.
Em resumo, Sr. Deputado. não estamos satisfeitos, achamos que o distrito de Leiria merece muito mais, mas somos realistas o suficiente para reconhecer que muito mais está a ser feito agora, comparativamente com o que VV. Ex.ªs, fizeram.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Poças Santos.

O Sr. João Poças Santos (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Henrique Neto, tenho pena que não tivesse aproveitado o seu pedido de esclarecimento para me dar alguma notícia positiva relativamente ao repto que lhe lancei, à semelhança do que fizeram os Srs. Deputados do PS de Viseu ou de Bragança, e para subscrever também um projecto para a criação da Universidade da Estremadura. Mas fá-lo-á, com certeza, em momento oportuno ...!
Sr. Deputado, a minha intervenção realçou a vossa iniciativa. dando-lhe até um benefício da dúvida. Devo dizer-lhe que os Deputados do PSD de anteriores legislaturas tiveram idêntica atitude e independência, o que não tivemos foi a necessidade de o fazer ....

Risos do PS.

... porque o nosso governo, apesar de tudo, respondia-nos positivamente a muitos dos nossos pedidos, não tantos quantos nós gostaríamos, mas respondeu positivamente, e algumas das obras que referi estão lá para o demonstrar,
Sr. Deputado Henrique Neto, o vosso acto de contrição é de saudar, mas parece-me que não é ainda completamente sincero o vosso arrependimento. Precisam de emendar a vida. Espero que. em l999, venha essa emenda de vida, sem a qual não pode haver absolvição.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, ao abrigo do n.º 2 do artigo 8l.º do Regimento, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Monteiro. Dispõe, para o efeito, de 10 minutos.

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Será já na próxima segunda-feira que o Parlamento apreciará e votará os projectos de resolução que o Governo, o PSD, o PP e o PCP entenderam apresentar sobre o referendo europeu. Tais projectos reflectem as posições antigas ou novas que, com total legitimidade, os grupos parlamentares ou as direcções partidárias consideraram por oportuno sustentar.
Estamos perante um assunto que reputo da mais elevada importância e sobre o qual, durante seis anos, me pronunciei inúmeras vezes em nome de princípios que continuo a não negar, de valores que continuo a partilhar e de convicções que mantenho presentes. Sem qualquer tipo de ambiguidade, enfrentei o que era tido por politicamente correcto quando, com firmeza, pedi o referendo a Maastricht e denunciei uma marcha europeia que, louvando e publicitando os Fundos. diariamente cedia e entregava soberania.
O sistema, como não poderia deixar de ser, reagiu e os comentadores ao seu serviço de imediato nos rotularam de radicais e de defensores de um Portugal caduco e ultrapassado. Pensavam que, com isso, adquiririam o nosso silêncio ou abalavam as nossas posições, esquecendo que os que acreditam no que dizem e em nome disso actual não confundem valores com estratégia nem princípios com tácticas.

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - E eu, Sr. Presidente e Srs. Deputados, não disse o que disse ou defendi o que defendi por tacticismo ou conveniência conjuntural.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Não vim Para a política para ver em que param as modas, nem sou dos que mudam de posição tão depressa que correm o risco de nem poderem dar opinião. Antes continuo, como sempre, a emitir opinião precisamente porque tenho posição.

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Compreender-se-á, pois, que perante as circunstâncias do momento e a ausência de quem, institucionalmente, aqui assuma, na íntegra e sem desvios, o programa europeu que apresentei em 1994 e pelo qual também fui eleito para esta Câmara em l995, tenha sentido o dever de consciência de subir a esta tribuna para reafirmar as minhas ideias e esclarecer como é que, em

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