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5 DE MAIO DE 1999 2873

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O PSD saído do Congresso de Coimbra é um partido que se pretende globalmente renovado.
A essência reformista do partido, a sua matriz original, interclassista e vincadamente nacional, saem reforçadas com a nova liderança do Dr. José Manuel Durão Barroso.
Assumimos na íntegra o património social-democrata, acumulado desde Francisco Sá Carneiro, mas incorporando as mudanças inerentes à evolução dos tempos.
Queremos servir sempre e melhor os interesses dos nossos concidadãos, incluindo os que têm votado noutros partidos. Queremos um PSD aberto, dinâmico, não sectário nem dogmático, capaz de conduzir com credibilidade a luta por um país moderno e competitivo, mais próspero e mais justo.
Queremos assumir um esforço particular em direcção aos jovens, quantas vezes desiludidos com uma política que pouco lhes diz. Queremos que esses jovens encontrem na nossa agenda reformadora as razões de uma participação cívica que contribua para a sua plena realização.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: As eleições europeias não devem ser vistas como a primeira volta das legislativas.

Vozes do PS:- Ah!

O Orador: - O Parlamento Europeu é agora um palco privilegiado de construção de uma união cada vez mais estreita entre os povos do nosso continente e um espaço essencial para a realização de interesses específicos dos diversos sectores da sociedade portuguesa. Por isso, as eleições europeias merecem o nosso maior empenhamento.
O Partido Socialista socorre-se do Dr. Mário Soares, procurando uma espécie de consagração supostamente suprapartidária, mas essa pose engana cada vez menos eleitores. Eleitores a quem também é devido um esclarecimento cabal sobre a candidatura para a presidência do Parlamento Europeu do Dr. Mário Soares, e sobre a verdadeira dimensão política dessas funções.
Convinha, já agora, também esclarecer de uma vez por todas por quanto tempo e em que circunstâncias é que o cabeça de lista do Partido Socialista tenciona exercer o mandato. Será por seis meses? Por um ano?
É pena, Srs. Deputados, e é sintomático que o Dr. Soares não tenha aceite debates televisivos a dois, ao contrário do que fizeram, em 1994, o Dr. António Vitorino e os demais cabeças de lista, candidatos ao Parlamento Europeu.

Aplausos do PSD.

Nessa altura os confrontos frente a frente organizados por um canal de televisão revelaram-se como o método mais favorável ao esclarecimento dos eleitores.
Srs. Deputados, para as eleições europeias, a nossa aposta é clara: apresentamos uma equipa liderada pelo Dr. José Pacheco Pereira para trabalhar, séria e eficazmente, pela Europa e, nesta, por Portugal.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, são as eleições legislativas que constituem a oportunidade, por excelência, para Portugal recuperar o atraso acumulado desde 1995 e preparar-se convenientemente para os grandes desafios que já nos batem à porta e se acumulam em fila de espera.

Protestos do PS.

A globalização está aí para ficar. Já passou o tempo para debater se é boa ou má. O que importa é encarar de frente as suas consequências, aproveitar o que de positivo ela encerra e preparar a resolução dos problemas que inevitavelmente nos acarreta.
A competição global será ganha por aqueles que tiverem maior capacidade para interpretar o sentido das mudanças em curso.
O País apercebe-se de que, agora, existe uma alternativa credível ao Governo do Partido Socialista; o País acredita que é possível mudar e que vale a pena mudar.
O PSD, com a renovação da sua estratégia e a liderança do Dr. José Manuel Durão Barroso, reforça a convicção nos eleitores de que é a força política capaz de protagonizar uma nova proposta de governo para Portugal.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O nosso objectivo é convencer para vencer.
Estamos preparados para aceitar, nos termos ditados pela vontade dos portugueses, o mandato para governar Portugal.
Dizemos a todos os que não se revêm na actual governação socialista que o voto que não seja no PSD é um voto inútil, um voto que objectivamente serviria para consolidar o PS no poder.

Protestos do PS.

Mas queremos deixar claro que, no exercício do mandato que estamos prontos a assumir - se essa for a vontade dos eleitores, como esperamos -, aceitaremos a colaboração e a participação de todos aqueles que claramente não pactuam com o actual desgoverno socialista e estiverem connosco na construção de uma alternativa credível.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nos últimos quatro anos Portugal perdeu tempo, demasiado tempo. A rosa murchou! É tempo de mudar: com o PSD e com Dr. Durão Barroso.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Inscreveram-se para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado António Capucho os Srs. Deputados Francisco de Assis, Octávio Teixeira e Luís Queiró. Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco de Assis.

O Sr. Francisco de Assis (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António Capucho, permita-me que comece por saudá-lo como um dos novos rostos do PSD, e, pelos vistos, como novo porta-voz do PSD nesta Assembleia da República.

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