O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0501 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003

 

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Leonor Coutinho, em primeiro lugar, os despachos que referiu não são regulamentares mas sim normativos, o que não é a mesma coisa.
Em segundo lugar, a legislação que citei não se referia, naturalmente, aos despachos normativos, antes, sim, a decretos-leis, que são os n.os 31 972 e 34 050.

A Sr.ª Leonor Coutinho (PS): - Já não se aplicam!

O Orador: - Em terceiro lugar, a Sr.ª Deputada Leonor Coutinho referiu a intervenção do Partido Socialista por via desses ditos despachos normativos. Sr.ª Deputada, sabe qual foi o resultado dessa intervenção do Partido Socialista? Uma coisa extraordinária: através de despachos normativos, revogou parcialmente disposições de decretos-leis.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Isso é que é extraordinário, Sr.ª Deputada. Como é que com despachos normativos se revoga parcialmente o regime jurídico previsto em decretos-leis?!
Quem tem uma noção mínima da hierarquia das fontes de Direito percebe que isso não é possível. Mas assim fez o Partido Socialista! E com base nisso agiu, e com base nisso alienou, o que é francamente ilegal.

A Sr.ª Leonor Coutinho (PS): - Daí a urgência da legislação!

O Orador: - Mas não é só isso que é extraordinário. A Sr.ª Deputada veio hoje aqui repetir, ipsis verbis, a argumentação do Partido Socialista de 14 de Março deste ano! Então, tendo apresentado no dia 14 de Março deste ano um projecto de lei que foi discutido, que colheu a opinião da maioria, pensava a Sr.ª Deputada, em bom juízo, que hoje, apresentando o mesmo projecto de lei, ia colher desta maioria uma posição diferente?!
Sr. Deputada, isso demonstra bem a boa fé com que os senhores partem para esta discussão! Se efectivamente estavam preocupados com a aprovação de uma legislação que superasse este problema, em primeiro lugar, porque sabiam que precisavam dos votos da maioria, alteravam aquilo que, no essencial, tinham sido as razões de crítica dessa mesma maioria; em segundo lugar, procuravam, no mínimo, concertar previamente com a maioria soluções que, do nosso ponto de vista, fizessem sentido; em terceiro lugar, não repetiam, até à exaustão, a mesma argumentação.
Isto significa, Sr.ª Deputada Leonor Coutinho, que quando hoje repetiu para debate exactamente o que já tinha proposto em 14 de Março de 2003 já sabia que este projecto teria de ser inviabilizado. Portanto, em bom rigor, sabia antecipadamente que aquilo que a motivava não era o dito interesse público, porque se a motivação fosse essa outro teria sido o procedimento do Partido Socialista,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - … ou seja, teria tido um procedimento que permitisse, de facto, a aprovação de qualquer legislação.
Termino, dizendo-lhe o seguinte, Sr.ª Deputada, para que perceba: ao votarmos contra este diploma, a nossa motivação não tem a ver com ele ser da autoria do Partido Socialista, mas sim com a de o Partido Socialista, que não é maioritário nesta Câmara, não perceber que se quer os votos da maioria tem de se conformar com aquilo que é o entendimento dessa maioria.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Sr. Deputado, o seu tempo terminou.
Conclua, por favor.

O Orador: - Enquanto assim não proceder, Sr.ª Deputada, fazemos aqui um mero exercício de retórica.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Leonor Coutinho (PS): - Já disse o mesmo sobre o crédito à habitação!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Castro.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Partido Socialista voltou a colocar, e do nosso ponto de vista bem, na ordem do dia a questão do regime de alienação do património público. E dizemos "bem" porque, porventura, a maioria terá memória curta, mas o exemplo paradigmático da Falagueira veio demonstrar quanta opacidade, quanta ausência de critérios, quanta nebulosidade se pode esconder em operações que são lesivas do interesse público, que são potencialmente negativas tanto do ponto de vista do ordenamento do território como do ponto de vista ambiental e que, manifestamente, outra coisa não visavam que uma operação de cosmética orçamental.
Ceio que este debate suscita uma questão prévia: a de que, do nosso ponto de vista, os partidos da oposição têm o direito de confrontar as maiorias com agendamentos de projectos, sempre que entendam que com isso estão a contribuir -

Páginas Relacionadas
Página 0491:
0491 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   José Augusto Clemente d
Pág.Página 491
Página 0492:
0492 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   A Sr.ª Leonor Coutinho
Pág.Página 492
Página 0493:
0493 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Sr. Presidente, Sr.as e
Pág.Página 493
Página 0494:
0494 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Não versarei sobre a ma
Pág.Página 494
Página 0495:
0495 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   lugar, haver empresas s
Pág.Página 495
Página 0496:
0496 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   E gostava de dizer o se
Pág.Página 496
Página 0497:
0497 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. António Costa (PS
Pág.Página 497
Página 0498:
0498 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Presidente: - Tam
Pág.Página 498
Página 0499:
0499 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Nuno Teixeira de
Pág.Página 499
Página 0500:
0500 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Mas o método socialista
Pág.Página 500
Página 0502:
0502 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   e é este o caso - para
Pág.Página 502
Página 0503:
0503 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Sr.ª Presidente, Srs. D
Pág.Página 503
Página 0504:
0504 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Joel Hasse Ferrei
Pág.Página 504
Página 0505:
0505 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Todas estas manigâncias
Pág.Página 505
Página 0506:
0506 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Nuno Teixeira de
Pág.Página 506
Página 0507:
0507 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. António Costa (PS
Pág.Página 507
Página 0508:
0508 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. António Costa (PS
Pág.Página 508
Página 0509:
0509 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Orador: - É tão simpl
Pág.Página 509
Página 0510:
0510 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   parlamentar, fornecendo
Pág.Página 510
Página 0511:
0511 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Telmo Correia (CD
Pág.Página 511
Página 0512:
0512 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Risos do PS, do PCP e d
Pág.Página 512
Página 0513:
0513 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   há um ano que espera re
Pág.Página 513
Página 0514:
0514 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Francisco Louçã (
Pág.Página 514
Página 0515:
0515 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Portanto, venho pedir a
Pág.Página 515
Página 0516:
0516 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   Protestos do Deputado d
Pág.Página 516
Página 0517:
0517 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Sr. Presidente: - Mas
Pág.Página 517
Página 0518:
0518 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Orador: - E ficámos,
Pág.Página 518
Página 0519:
0519 | I Série - Número 010 | 10 de Outubro de 2003   O Orador: - Em segundo
Pág.Página 519