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3426 | I Série - Número 062 | 12 de Março de 2004

 

Risos do Deputado do PCP Bernardino Soares.

Relembramos como a imprensa especializada, há pouco tempo, noticiava a forma como empresas portuguesas estão, hoje, a desenvolver e a gerir marcas e a dominar os canais de distribuição, num enquadramento estratégico globalizante, de que, a título de exemplo, entre outras, se citam a Coelima, a Compal, a Lameirinho, a Lanidor e tantas outras.
Relembramos indicadores do INE e da União Europeia em aspectos tão encorajadores como os que têm a ver com os sinais de retoma, a saber, os indicadores relativos à actividade económica, ao clima económico, ao volume total de negócios, à produtividade no trabalho, ao dinamismo das empresas, principalmente nos mercados externos. E relembraria até muito mais.
É bem certo que, para alguns dos que me ouvem, outros deveriam ser os exemplos que deveria citar. Para alguns dos que me ouvem, o discurso deveria ser no sentido da lembrança das empresas que fecham, dos postos de trabalho que cessam e do desemprego que, dizem, aumenta. É que, de facto, há também empresas que fecham, postos de trabalho que cessam e desemprego que ocorre. Todavia, não o farei, e não o farei propositadamente.
É que, como referi antes, perante a adversidade, só vemos um caminho: o de quem quer mobilizar os portugueses para os melhores tempos que certamente hão-de vir. O discurso da desgraça que fique com quem o queira continuar a fazer, sendo certo que, nessa distinção, também sentimos que fazemos muito mais por Portugal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António Nazaré Pereira.

O Sr. António Nazaré Pereira (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, ouvi com muita atenção a intervenção que aqui produziu. Devo dizer-lhe que notei nela aquilo que me pareceu ter sido, ao longo do tempo, igualmente uma aspiração do povo português, no sentido de acreditar nos valores de Abril, na liberdade, na esperança e na igualdade que Abril trouxe.
Mas o Sr. Deputado, na sua intervenção, focou os acontecimentos do 11 de Março e as suas consequências na sociedade portuguesa. E, hoje mesmo, já ouvimos neste Plenário interpretações acerca do 11 de Março que vão muito claramente ao arrepio daquilo que afirmou.
Sr. Deputado, concordo em grande parte com o que afirmou, mas entendo que devo confirmar se aquilo que disse foi aquilo que penso que foi dito e, assim, se, no seu entendimento, o 11 de Março correspondeu a um aprofundamento das liberdades de Abril, das aspirações do povo português, ou, antes pelo contrário, se traduziu numa tentativa de introdução do socialismo de Estado; se o 11 de Março correspondeu a uma forma de libertar ou, pelo contrário, de coarctar a liberdade dos portugueses; se o 11 de Março se traduziu, de facto, na afirmação da sociedade portuguesa como uma sociedade em que a economia tinha o progresso pela frente e em que a sua modernização permitiria aos portugueses uma melhor qualidade de vida ou se, pelo contrário, se traduziu, como a maioria dos economistas hoje reconhece, num retrocesso e num processo claro de prejuízo para o bem-estar dos portugueses.
Sr. Deputado, nas suas palavras, sinto muito bem o sentido de esperança na capacidade dos portugueses. Sr. Deputado, pelas suas palavras, aqui, também posso deduzir que a sua interpretação é que o 11 de Março se traduziu num retrocesso para as esperanças que os portugueses detinham em 25 de Abril.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Nazaré Pereira, tem toda a razão! É evidente que o 11 de Março representa exactamente o contrário daquilo que vivemos no 25 de Abril. O 11 de Março representa a aventura totalitária, o desvario da extrema esquerda; o 25 de Abril representa o início de todas as liberdades que se quiseram implementar e cuja concretização quase deixava de ser possível a partir do 11 de Março.
Mas curioso é verificar que alguns daqueles que ajudaram a fazer o 11 de Março sejam precisamente também alguns daqueles que hoje se nos querem apresentar como grandes democratas.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - É paradoxal, não faz sentido e essa, sim, é uma forma de reescrever a História que nós

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