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1276 | I Série - Número 020 | 07 de Dezembro de 2004

 

não, Sr. Primeiro-Ministro! O senhor não é a vítima; as verdadeiras vítimas estão lá fora. Vítimas foram os cerca de 150 000 novos desempregados.

Aplausos do PS.

Vítimas foram as famílias que empobreceram. Vítimas foram os funcionários públicos com os salários congelados. Vítimas foram os alunos sem aulas e os professores sem colocação.

Aplausos do PS.

Vítimas foram os jovens que têm hoje menos oportunidades e vítimas foram as regiões esquecidas do interior.
Essas, sim, Sr. Primeiro-Ministro, foram as vítimas - e foram vítimas do seu Governo e da vossa governação!

Aplausos do PS.

A verdade, Sr. Presidente e Srs. Deputados, é que este Governo teve todas as condições para governar. Foram-lhe dadas todas as oportunidades.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Este Governo tinha uma maioria no Parlamento…

Vozes do PSD: - Pois tinha!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados da maioria, por favor, ouçam o líder do primeiro partido da oposição…

O Orador: - O desespero não é razão para tamanho nervosismo, Srs. Deputados!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado José Sócrates, eu estava no uso da palavra e V. Ex.ª não pediu para me interromper. Eu é que o interrompi para pedir à maioria que ouvisse com atenção o que o Sr. Deputado tem a dizer.

O Orador: - Como dizia, este Governo tinha uma maioria no Parlamento, teve um Presidente que lhe deu toda a cooperação institucional…

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Toda!…

O Orador: - … e contou também com uma oposição responsável. Tudo tiveram e tudo desperdiçaram.
E não venham, de novo, com a conversa e com o fantasma das forças de bloqueio.

Aplausos do PS.

A única força de bloqueio à estabilidade política e ao progresso do País foi o próprio Governo. É que, se é possível encontrar um responsável pela instabilidade política, se é possível encontrar um responsável pela crise, ele chama-se Pedro Santana Lopes e está sentado aqui na bancada do Governo!

Aplausos do PS.

Srs. Deputados, por uma vez, reconheçam que o Governo deu um triste espectáculo nestes últimos quatro meses. Foi um Governo sem comando, sem estratégia, sem rumo; foi um Governo em que o Primeiro-Ministro dizia uma coisa de manhã e dizia à tarde o seu contrário; foi um Governo em que, nas

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