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0864 | I Série - Número 021 | 14 de Maio de 2005

 

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Também é!

O Orador: - Quer-me parecer que se fosse por esta razão, então, o problema do abandono escolar seria fácil de resolver.
Mas fiquei ainda com uma outra preocupação: será que, brevemente, assistiremos aqui, nesta Câmara, à apresentação de um projecto pelo Partido Comunista Português, no sentido de que também se acaba, para combater o abandono no ensino superior, com os exames no ensino superior?

Vozes do PSD: - É melhor! À cautela!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): - Não há exames nacionais no ensino superior!

O Orador: - De facto, estamos a caminhar num rumo que nos preocupa.
Quanto à questão do Inglês, para nós, é importante que aumente o seu ensino nas escolas, mas muito mais importante é o ensino da Língua Portuguesa e da Matemática. Por isso, volto a frisar que me parece extremamente importante que, no final do ciclo da escolaridade obrigatória, se faça uma avaliação, também por forma de exame, destas duas disciplinas.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - E vir aqui, Srs. Deputados, utilizar o já estafado argumento de que os problemas verificados no início do ano lectivo com a colocação dos professores são uma razão para se não realizar exames é, pura e simplesmente, esquecer o esforço que milhares e milhares de professores, de pais e de alunos fizeram…

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): - Ao contrário do Governo!

O Orador: - … nas aulas de compensação,…

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - E nas explicações, quem as pode pagar!

O Orador: - … no sentido de repor aquilo que funcionou mal de início.
Devemos agradecer a forma como as famílias, os alunos e os professores responderam a este problema informático…

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Informático?!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): - Sim, sim!

O Orador: - … na colocação dos professores.
Como tal, este argumento não faz qualquer sentido.

Protestos do PCP.

Srs. Deputados, tenham um pouco de calma!
Percebo, de facto, o porquê destas questões. É de facto constrangedor vermos a Ministra da Educação, com aqueles tiques socialistas habituais, dizer: "Ora bem, este ano fazemos exames, para o ano logo veremos" e, por outro lado, ouvirmos o Sr. Ministro Mariano Gago afirmar, em recente entrevista, que é absolutamente extraordinário poder acreditar-se que é preferível transferir o insucesso escolar para a frente ou, então, que é absolutamente inacreditável a ideia, que se generalizou na sociedade portuguesa, de que tudo seria fácil. Não é fácil! É preciso estudar, e é preciso estudar mais!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Esta é que é a grande realidade!
Percebo por que é que o PCP introduz esta questão, é para marcar uma posição política. Também nós queremos marcar uma posição aqui: defendemos, de facto, a qualidade e o rigor.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, peço-lhe que conclua, pois já esgotou o tempo de que dispunha.

O Orador: - Concluo já, Sr. Presidente.

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