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4389 | I Série - Número 093 | 23 de Fevereiro de 2006

 

zelar para que não existam sobreposições e para que sejam atendidas as diferenças funcionais óbvias, delimitando-se as áreas de intervenção dos médicos dentistas e dos estomatologistas ainda em funções, por um lado, e as áreas de intervenção dos cirurgiões maxilofaciais, por outro. As próteses, a patologia ATM, a endodontia, a periodontologia e o diagnóstico oncológico são, claramente, matérias da competência específica dos médicos dentistas.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Marisa Costa.

A Sr.ª Marisa Costa (PS): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, se bem percebi, através do projecto de lei que ora se discute, visa o Grupo Parlamentar do CDS-PP promover a integração da medicina dentária no âmbito do Serviço Nacional de Saúde através da inclusão dos médicos dentistas na carreira dos técnicos superiores de saúde. Permitam-me, então, que leia um breve trecho da intervenção da Sr.ª Deputada Isabel Gonçalves, do Grupo Parlamentar do CDS-PP, aquando da discussão do projecto de lei apresentado pelo Bloco de Esquerda na anterior Legislatura, mais concretamente no dia 6 de Fevereiro de 2003, que visava a integração da medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde através da inclusão da classificação dos médicos dentistas como técnicos superiores de saúde. Passo a ler: "(…) todos nós gostaríamos de ter dermatologistas, pneumologistas ou oftalmologistas nos centros de saúde, transformando os centros de saúde em autênticas policlínicas com todas as especialidades ao serviço dos utentes, só que, infelizmente, a situação financeira do Serviço Nacional de Saúde não permite ao Governo a concretização desta realidade…!"

A Sr.ª Fátima Pimenta (PS): - Bem lembrado!

A Oradora: - Mais à frente, continua a Sr.ª Deputada Isabel Gonçalves, do Grupo Parlamentar do CDS-PP, dizendo o seguinte: "Não nos parece (…) que a criação de mais uma carreira técnica superior seja a resposta adequada para esta problemática.
Seria, provavelmente, a mais fácil e a mais populista, mas seria aquela que iria contribuir com mais um agravamento financeiro, um agravamento das despesas do Serviço Nacional de Saúde".

Vozes do PS: - Bem lembrado!

A Oradora: - A primeira coisa que importa perguntar, desde logo, ao Grupo Parlamentar do CDS-PP, é o que é que mudou, de há três anos para cá, além do agravamento das condições financeiras em que o vosso governo deixou este país.

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - Por outro lado, não consideram VV. Ex.as incoerente e contraditório propor a introdução de um outro ramo na actual carreira dos técnicos superiores de saúde, engrossando, assim, o sistema de carreiras da Administração Pública, quando sempre defenderam e defendem o emagrecimento do Estado?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, em meio minuto, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): - Serei sintética, Sr. Presidente.
Sr.ª Deputada, agradeço a leitura que fez de uma intervenção anterior proferida por uma Deputada desta bancada. Mas, não perdendo tempo, convido-a a ler também a intervenção que o Partido Socialista produziu na altura.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): - Exactamente!

Vozes do PS: - Nós lemos!

A Oradora: - Respondendo muito directamente à sua pergunta, direi que o que mudou desde então foi a saída massiva de estomatologistas, deixando lugares por preencher nos hospitais e nos centros de saúde. Os dados estatísticos existem e a Sr.ª Deputada tem de os procurar, mas, se não os conseguir encontrar, tenho o maior gosto em lhos fazer chegar. De todo o modo, desde já lhe digo que estes dados confirmam que, como disse há pouco, 72% dos hospitais e 93% dos centros de saúde não proporcionam este tipo de cuidados de saúde, que, aparentemente, o Partido Socialista não considera fundamentais nem prioritários

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