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22 | I Série - Número: 072 | 19 de Abril de 2007

Vozes do PS: — Muito bem!

A Oradora: — Portanto, essa é também uma aposta do Partido Socialista.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Recomenda!

A Oradora: — Não é só uma recomendação, Sr.ª Deputada! Posso dar-lhe uma cópia da circular emitida pela Direcção-Geral da Saúde, caso ainda não tenha tido oportunidade de consultá-la no site desta Direcção.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Muito bem!

A Oradora: — Ainda relativamente às perguntas feitas pela Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, sempre direi que, provavelmente, também não leu, hoje, o Diário de Notícias. Aí, é dito que «Rui Medeiros, investigador do Instituto Português de Oncologia do Porto e Presidente da Sociedade Portuguesa de Papillomavirus, afirma que existem ‘vantagens’ na comparticipação da vacina, mas que esta medida tem que ser acompanhada de educação sexual nas escolas»,…

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — E não se pronuncia sobre o Plano Nacional de Vacinação?!

A Oradora: — … o que vai ao encontro da intervenção que acabei de fazer.
«Se não, corremos o risco…» — continua o jornal, citando palavras do Dr. Rui Medeiros — «… de dar às jovens a impressão de que estão protegidas, quando a vacina apenas previne 70% dos casos de cancro do colo do útero».

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Isso não tem nada a ver!

A Oradora: — Quando não convém, não gostam de ouvir! «É que a vacina disponível é eficiente nas duas estirpes do vírus, responsável pela doença, mais prevalentes no mundo ocidental, mas existem outras responsáveis por 30% dos casos não cobertas pelo produto.» Para finalizar, Srs. Deputados, quero dizer que concordamos que o Parlamento e os políticos devem estar vigilantes quanto a esta questão. Mas também percebemos que há um tempo próprio para a evolução do conhecimento científico.
Sem perder de vista a nossa intervenção, que é política, e sem perder de vista a intervenção de alguns grupos parlamentares, que muitas vezes é mais mediática do que a intervenção de outros grupos parlamentares, não podemos deixar de afirmar que, nesta matéria, terá de ser a ciência a falar primeiro.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Oradora: — E é isso que vai nortear o Partido Socialista.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Morre uma mulher por dia!

O Sr. Presidente: — O último orador inscrito para intervir, após o que procederemos a votações, é o Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Ecologista «Os Verdes», no encerramento deste debate, deve referir que lhe parece ter sido pertinente a apresentação deste projecto de resolução, aliás, como o reconheceu a generalidade das bancadas, inclusivamente a do Partido Socialista, pois, no caso, estamos perante uma das doenças que mais tem afectado as mulheres no nosso país.
De facto, se há várias medidas importantes — e o rastreio é, sem dúvida, fundamental, assim como a sensibilização —, a citologia cervical é um exame determinante para o rastreio eficaz do colo do útero e um exame que não podemos dispensar, antes pelo contrário, urge tornar mais abrangente, designadamente através de acções de sensibilização e de medidas pró-activas no âmbito do SNS, para que cada vez mais mulheres a ele recorram, com regularidade, para a prevenção de uma das doenças oncológicas que mais mulheres mata, em Portugal — uma mulher por dia, Srs. Deputados! Como é dito no texto do projecto, o Plano Nacional de Saúde 2004-2010 não apresenta os números

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