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66 | I Série - Número: 088 | 29 de Maio de 2008

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Estamos calmos!

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Então, não interrompam muito, falem mais baixinho! Eu esperava que vocês viessem aqui dizer que estão contra o crédito patronal de conseguir, contra a vontade do trabalhador, horas extraordinárias. Mas não foi isso que disseram, e eu interpelei-vos dizendo isto mesmo! Portanto, Sr. Deputado Luís Fazenda, a sua afirmação de que estávamos aqui a defender horas extraordinárias não pagas é, no mínimo, absurda, não tem qualquer fundamento,…

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — É isso que lá está!

O Sr. Jorge Strecht (PS): — … vai contra tudo o que eu disse e, mais, só pode estar na base de um lapso freudiano. É que defendem as horas extraordinárias dos vossos trabalhadores como se elas fossem salário e horário de trabalho, o que é notável. Como é possível que alguém que se quer situar à esquerda reivindique um direito do patrão, o crédito do patrão?

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, queira concluir, por favor.

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Os senhores deviam combater o crédito. Mas, não, vocês, no fundo, caucionam o crédito do patrão das horas extraordinárias, que sabem ou deviam saber que, normalmente, nem sequer são pagas como deviam ser.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, queira concluir, porque já ultrapassou os 2 minutos.

O Sr. Jorge Strecht (PS): — E mais: se há desemprego, então porque Diabo alguém há-de fazer o trabalho do próprio e também o do outro, que, afinal, não tem emprego?! Isso é que é esquerda?! Ó meus caros senhores, se isso é esquerda, então estamos conversados.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Maria José Gambôa (PS): — É uma grande exploração!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda. Dispõe, para o efeito, também de 2 minutos.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Strecht, julgo que a alusão que fez à minha seriedade intelectual nada tenha a ver com calvinismo!

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Não!…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Em relação a pontos concretos, o Sr. Deputado acabou de confirmar o que eu tinha dito.

O Sr. Jorge Strecht (PS): — Não confirmei nada!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Se o Sr. Deputado tivesse dito que os trabalhadores trabalhariam menos horas e, portanto, não haveria recurso a horas extraordinárias, isso seria, talvez, uma boa tarefa para a esquerda. No entanto, o que o Sr. Deputado está a dizer não é isso. O que está a dizer é que eles vão trabalhar as mesmas horas e vão receber menos.

Protestos do PS.

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