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69 | I Série - Número: 016 | 6 de Novembro de 2008

Já reparei que o Sr. Deputado, nos seus discursos políticos, gosta muito de falar da verdade. Sr. Deputado, este Orçamento tem as previsões baseadas naquilo que são as informações que temos. É um Orçamento como todos os outros anteriores que fizemos: sério e honesto. Sabe o que este Orçamento não tem, Sr. Deputado? Não tem transferência de fundos de pensões, não tem venda de crçditos ao Citigroup» Não tem porque isso, sim, é puro ilusionismo político.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado sabe qual foi a previsão de crescimento para 2003? De 1,25% a 2,25%. Sabe qual foi o resultado: -0,8%. E o Sr. Deputado fala, com essa arrogância, de credibilidade? Sr. Deputado, um pouco de humildade democrática.

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Onde é que foi buscar esses dados?

O Sr. Primeiro-Ministro: — Onde é que fui buscar? Ao Orçamento para 2003.
O Sr. Deputado fala muito de verdade. Tenho ouvido o seu discurso e o Sr. Deputado tem sempre essa referência de verdade. Quero dizer-lhe o seguinte: verdade é honrarmos os nossos compromissos! E lamento dizer-lhe que se há coisa de que essa bancada não pode falar é de verdade, porque essa bancada fez um acordo com o PS no pacto de justiça e não honrou esse compromisso.

Aplausos do PS.

E vai ouvir mais, Sr. Deputado! Vai ouvir mais, até chegarmos a este ponto: entre o PS e o PSD fez-se um projecto de decreto-lei, assinado pelos dois líderes parlamentares, e o PSD, depois, votou contra o próprio projecto de lei que havia apresentado à Assembleia. E o Sr. Deputado fala de verdade?!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — É verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, sabe uma coisa? Eu sempre desconfiei dos moralistas, desde há muito tempo!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Então, é como eu!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sempre desconfiei! E sempre vi naqueles que, na política, passam a vida a fazer proclamações morais e exibições das suas virtudes uma boa forma de disfarçarem as suas falhas, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso é má consciência!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Essa bancada não tem autoridade moral para falar de verdade, quando se comportou como se comportou, Sr. Deputado! Quanto às dívidas, quero dizer-lhe o seguinte: nós fizemos um programa, que se chamou Pagar a Tempo e Horas, com o objectivo de reduzir o prazo de pagamento das dívidas do Estado.

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Mas falhou!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O resultado deste Programa foi nitidamente insuficiente; os resultados não estiveram á altura daquilo que»

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Foi zero!

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