22 | I Série - Número: 026 | 13 de Dezembro de 2008
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sr. Deputado Jorge Almeida, para quem produz tão pouco o senhor fala muito e, desculpe que lhe diga, com muito pouco nível.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Os termos que o senhor utiliza para se referir às iniciativas da oposição são inaceitáveis. Inaceitáveis!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente! Inaceitáveis!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — E fala com pouca verdade.
Sr. Deputado Jorge Almeida, não vou lembrar o facto de o senhor ter dito há um ano que o preço dos medicamentos tinha baixado 200%,»
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Foi gravado!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — » nem o facto de o senhor dizer que a prescrição por DCI já é obrigatória, porque não é. Tenho aqui uma receita — o senhor conhece este modelo — e não está aqui qualquer prescrição obrigatória por DCI. No entanto, em todas as intervenções que faz nesta Casa, o senhor diz que já existe.
A avaliar pelas suas intervenções, Sr. Deputado, ficamos a perceber não só que não conhece suficientemente a matçria e fala de cátedra,»
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — » porque não há medicamentos que tenham baixado 200% e também não há prescrição obrigatória por DCI, mas também que entende que não é necessário haver iniciativas legislativas. Para si, todas elas são negativas, ou porque são apresentadas numa semana ou porque são apresentadas pontualmente. Olhe, talvez não seja necessário existir política, nem oposição, nem democracia, porque tudo já existe!!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não é preciso mais nada!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Deputado, fica-se a perceber que o senhor não tem ninguém na família com uma doença rara, pois não?
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não tem, certamente!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Não tem ninguém na família que tenha dificuldades de acesso a consultas e tratamentos especializados, pois não? Não tem ninguém na família com uma doença degenerativa altamente penalizadora e incapacitante que precise de apoios técnicos, de apoio social e de uma ajuda para poder comprar os medicamentos, pois não? O senhor manifestamente não sabe o que isso é! E digo-lhe, ainda, o seguinte: aquele documento que disse que os portadores de doença rara têm e que o acompanham, eles não têm. Pode estar previsto, como muitas outras medidas, nos direitos do utente, mas não existe. Desafio-o aqui a indicar-me um portador de doença crónica que esteja acompanhado desse documento.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!