39 | I Série - Número: 055 | 12 de Março de 2009
empresas, designadamente às PME dos sectores agrícola e agro-industrial, que foram esquecidas durante esta Legislatura.
O PSD, consciente da importância determinante que as PME agrícolas representam, tem apresentado um conjunto de medidas que tentam minimizar os efeitos da crise económica. Porém, assinale-se que julgamos que muitas das empresas agrícolas poderiam estar muito mais bem preparadas para enfrentar a diversidade do contexto internacional se nos últimos quatro anos tivesse sido aplicada uma política própria e se as medidas do PRODER tivessem sido agilizadas e postas em prática.
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Poço (PSD): — Sr. Presidente e Srs. Deputados: O PSD julga que o pior que o sector agrícola enfrenta é o Ministro da Agricultura.
O Sr. Luís Campos Ferreira (PSD): — A chamada «calamidade agrícola«»!
O Sr. Carlos Poço (PSD): — Os agricultores e os portugueses têm direito a um ministro da Agricultura!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente: Eu até nem estava a pensar intervir mais, mas, depois da intervenção do Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, acho que isto, hoje, foi demais! Esta onda de demagogia, por parte do Partido Socialista, hoje, foi demais e tem de ser denunciada!
Protestos do PS.
Porque os senhores chegarem aqui e confundirem propositadamente — propositadamente! — o subsídio de desemprego com outra coisa que os senhores inventaram, que foi o subsídio social de desemprego, é muito grave!
Vozes do PCP: — É pouco sério!
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Porque os senhores têm a necessidade de enganar as pessoas!
Protestos do PS.
Ora, se têm a necessidade de enganar as pessoas por alguma razão é!... E eu vou dizer porquê: porque os senhores restringiram o acesso ao subsídio de desemprego de modo a que quase metade dos desempregados declarados não tenham acesso a esse subsídio de desemprego, porque o Estado poupa à conta do apoio social, o que é uma coisa verdadeiramente escandalosa, especialmente face à situação que, hoje, vivemos no País! E, depois, inventaram esta coisa do subsídio social de desemprego, querem fazer um brilharete em ano de eleições, porque dizem assim: só durante o ano de 2009, alargámos, por seis meses, este subsídio social de desemprego e damos 251 € ás pessoas.
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — E eu quero perguntar-lhe, Sr. Deputado: quem é que vive com esta benesse de 251 € por mês?! Isto não é sério e os senhores entraram numa onda de demagogia verdadeiramente vergonhosa!