O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 | I Série - Número: 055 | 12 de Março de 2009

Crise que é ainda e mais uma vez, como dizem alguns, uma «janela de oportunidades» de novos e grandes negócios, um momento óptimo para os ricos e poderosos reforçarem ou, pelo menos, salvaguardarem os seus patrimónios e a oligarquia financeira o seu poder.
Essa é a linha de rumo do PS, mas não é a do PCP. Daí a persistência do nosso combate contra a política de direita e daí a natureza das nossas propostas para a crise.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Inscreveram-se para pedir esclarecimentos dois Srs. Deputados.
Para o efeito tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Agostinho Lopes, quando o País vive uma situação de grave crise financeira e económica, mesmo de recessão económica, desde o segundo semestre de 2006, este projecto de resolução é, naturalmente, bem-vindo.
Gostaria de dizer-lhe que o Grupo Parlamentar do PSD, naturalmente, não comunga de muitos dos considerandos apresentados neste projecto de resolução, mas, para nós, o mais importante — e por isso ele é bem-vindo — é que possa discutir-se aqui com o PS as responsabilidades que o Governo tem na situação actual.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Claro!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — É verdade que o Governo sempre quis agir sozinho, sempre quis agir «orgulhosamente só», numa política quase de União Nacional, em que só o PS é que tinha ideias, só o PS é que tinha propostas, só o PS é que podia resolver os problemas do País, o problema da grave crise e da grave recessão económica em que vivemos.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): — É a desgraça que se vê!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sempre quis agir assim e parece que é assim que quer continuar.
Neste projecto de resolução há algumas propostas com as quais até estamos de acordo. E não é problema o facto de elas virem do PCP, do CDS ou do PSD. O que nos preocupa é o problema que o País vive; é o facto de o PS e o Governo, que continuam a pedir uma maioria absoluta e só pensa nisso, tentarem fazer esquecer aos portugueses que lá fora estão as responsabilidades que têm nesta crise, nesta recessão, que tem um nome: chama-se Eng.º José Sócrates e este Governo.
Há uma questão que eu gostaria de colocar. O Partido Comunista Português, no seu projecto de resolução, fala várias vezes dos governos de direita. Ora, é quanto a isso que não estamos de acordo.
Este Governo governa este País há quatro anos e, em quatro anos, tem tido políticas que o torna responsável pela situação que vivemos. Portanto, a questão que eu gostaria de deixar-lhe, Sr. Deputado, é esta: o Partido Comunista concorda ou não que é este Governo o responsável pela situação a que o País chegou? Mas, sobretudo, acha o Partido Comunista que este Governo, com as suas medidas, com aquilo que tem feito de mal ao País, com estes quatro anos de verdadeiras desgraças para Portugal, pode sozinho resolver a situação de grave crise em que o País se encontra?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Velosa, agradeço-lhe a questão colocada.
Como tive oportunidade de referir na minha intervenção, julgamos que o Governo do Partido Socialista tem particulares responsabilidades no agravamento da situação no nosso País pelas políticas desenvolvidas ao longo destes quatro anos.

Páginas Relacionadas