O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

25 | I Série - Número: 056 | 13 de Março de 2009

O Sr. Mota Andrade (PS): — Resposta: «zero»!

Entretanto, assumiu a presidência o Sr. Vice-Presidente Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, «quatro anos» é uma frase de que todos nos lembramos, que é muito inspirada, e que dizia: «a marca de uma governação falhada». Quando olhamos para quatro anos de Governo do Partido Socialista o difícil é escolher. Qual é a marca da governação falhada? Temos mais de meio milhão de desempregados no desemprego real; temos serviços públicos que estão hoje mais enfraquecidos; temos uma escola pública que está em guerra; temos dificuldades no acesso aos serviços de saúde; temos uma reforma da segurança social que, dentro de 20 anos, vai conduzir a um corte de quase metade das pensões de reforma; temos uma crise social para a qual as prestações sociais não conseguem dar resposta.
Portanto, hoje, é difícil escolher, dentro da governação do Partido Socialista, qual é exactamente a marca da governação falhada. São todas estas, Sr. Deputado!! A verdade é que a bancada do Partido Socialista faz um pouco o papel de quem não conhece a realidade», mas conhece, Sr. Deputado!! Ainda esta semana tivemos uma reunião muito interessante na Comissão de Educação, em que havia dois requerimentos para que a Sr.ª Ministra da Educação viesse explicar ao Parlamento as dificuldades por que passa a escola pública. Soubemos que a Ministra da Educação disse que queria vir ao Parlamento esclarecer os Deputados. Porém, a bancada do Partido Socialista não deixou! Votou contra os requerimentos do Bloco de Esquerda e do PSD!

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Têm medo!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — A bancada do Partido Socialista finge que não sabe, mas sabe exactamente as dificuldades que o Governo lhe está a criar e está a criar ao País.
Mas, Sr. Deputado, há um erro na forma como fazemos aqui este debate. A verdade é que hoje a crise que existe em Portugal é uma crise social, é uma crise económica, mas é uma crise de confiança no sistema político. É porque, desde há sete anos atrás, que, um atrás de outro, sucessivos primeiros-ministros e governos falham perante as suas promessas e as expectativas dos portugueses.
Assim foi quando o Eng.º Guterres abandonou o governo. Assim foi quando Durão Barroso teve medo e foi para a União Europeia. Assim foi com Santana Lopes quando o País deixou de confiar totalmente naquele que era o seu governo. Finalmente, acontece agora com o Governo do Eng.º Sócrates.
Portanto, o que vivemos hoje é uma crise do chamado arco da governabilidade, que termina mais ao menos neste corredor: os senhores, todos os senhores foram quem nos conduziu a esta crise.
Por isso, para terem respostas para o ciclo eleitoral que vamos agora ter pela frente, é preciso que esclareçam quais são as suas posições.
O Bloco de Esquerda fez várias propostas e eu pergunto-lhe qual é a opinião do PSD sobre duas. Primeira, qual é a posição do PSD sobre o offshore da Madeira, numa economia mundial de «gangsters» e de dinheiros escondidos? Segunda, qual é a vossa opinião sobre despedimentos em empresas que têm lucros? Estão, ou não, do lado de quem defende o emprego?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Aguiar Branco.

O Sr. José de Aguiar Branco (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o problema do Bloco de Esquerda é que «parece falar verdade»...

Páginas Relacionadas
Página 0055:
55 | I Série - Número: 056 | 13 de Março de 2009 Mais uma vez a crise serve de «tapa buraco
Pág.Página 55