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13 | I Série - Número: 077 | 8 de Maio de 2009

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — O Sr. Deputado já identificou uma série de questões em que este Ministro tem vindo a atrapalhar a agricultura e, neste momento, o Ministro está atrapalhado com uma outra situação: assinou o fim das quotas em 2014 e agora vem dizer que, afinal, é contra o fim das quotas.

O Sr. Ricardo Martins (PSD): — É o ziguezague!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Se calhar, também é contra o seu contrário: é contra o fim das quotas e o seu contrário!» Efectivamente, este tem sido um péssimo Ministro para a agricultura portuguesa.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Do que temos esperança é que ainda possa, em final de mandato, arrepender-se — o arrependimento é uma coisa muito cristã, e nós sabemos disso. Mas, apesar de tudo, tenho esperanças que isso possa acontecer e ainda vá a tempo de corrigir muitas das suas rotas, muitos dos seus «tiros» mal dados, contra a agricultura portuguesa, e ainda venha a favorecer uma parte substancial da economia nacional, que é a agricultura portuguesa.
A agricultura portuguesa é algo que ainda pode ter sucesso neste país.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os portugueses vivem um tempo de ansiedade e de desalento. As notícias da realidade actual e daquela que se perspectiva para Portugal para os próximos anos devoram-nos a confiança.
Os últimos números sobre o desemprego, os indicadores recentes sobre a saúde das empresas, as notícias de anteontem e dos dias anteriores sobre a recuperação, que não se vislumbra, da situação em que Portugal mergulhou concorrem para a realidade que há muito se temia: depois da crise económica, aí está a crise social.
Uma crise social devastadora, de efeitos imprevisíveis, uma crise que devia concitar todos os responsáveis políticos, todas as organizações empresariais e sindicais, todas as organizações da sociedade civil para uma actuação coordenada e uma estreita cooperação, estreita cooperação, repito, onde todos pudessem apresentar as suas ideias, onde o debate fosse franco e respeitador, onde, com harmonia, se encontrassem os consensos para materializar as medidas mais eficazes.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Uma crise que, pela sua excepcionalidade, devia impor, especialmente ao Governo, um comportamento também excepcional, um comportamento onde não cabe a arrogância, as medidas de «faz de conta», os anúncios que não se concretizam, os pequenos truques da baixa política, um comportamento onde ninguém fosse excluído, mas todos fossem chamados à compartilha. É por isto que os portugueses aguardam.

Aplausos do PSD.

Da nossa parte, Partido Social Democrata, fizemos o que se impunha.
Primeiro, há cerca de um ano, é bom lembrá-lo, pela voz da nossa Presidente, Dr.ª Manuela Ferreira Leite, demos o alerta público ao referir que Portugal iria entrar numa situação de emergência social e que a prioridade devia ser o combate ao desemprego.

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