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9 | I Série - Número: 077 | 8 de Maio de 2009

agro-alimentar que não pára de crescer. Comprometemos a nossa soberania alimentar no decorrer destes anos: importamos, hoje, mais de 70% dos produtos agro-alimentares que consumimos e, na verdade, precisávamos de ter uma estratégia para a agricultura portuguesa.
O Sr. Deputado falou, naturalmente, de um segmento importantíssimo, como é o do leite, das preocupações dos produtores leiteiros deste país, da situação de monopólio que os asfixia e questionou o que poderia ou deveria ser feito para salvar este sector.
Não sei o que irá dizer a bancada do Partido Socialista, mas como já nos habitou a falar sistematicamente em consonância com a política do Governo» O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Terminou o tempo, Sr. Deputado.

O Sr. José Soeiro (PCP): — A pergunta que lhe coloco, Sr. Deputado, é se na verdade acha que é agora, nos seis meses que este Governo tem pela frente, que se pode efectivamente inverter a situação da agricultura e do sector leiteiro ou se, pelo contrário, o que o País precisa é de um novo Governo e de uma nova política.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Soeiro, muito obrigado pela sua pergunta.
V. Ex.ª colocou uma questão extremamente importante que assino por baixo. Também não sei o que dirá a bancada do PS, porque é muito difícil o PS defender aquilo que já não tem defesa, Sr. Deputado.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Só com muita arte!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Perguntou-me se acho que ainda é possível, com este Governo, alterar alguma coisa na política agrícola.
O problema, Sr. Deputado, é que já não acredito muito, porque temos vindo a insistir — e V. Ex.ª também, efectivamente nem sempre no mesmo sentido — , temos feito uma forte oposição à política agrícola do Governo, que, na verdade, não é uma política agrícola, é uma propaganda agrícola, porque as visitas que o Sr. Ministro vai fazendo pelo País são no sentido de propagandear o que não faz e o que tenciona fazer mas que nunca concretiza. O Governo, quando há um problema na agricultura ou no sector leiteiro, diz «agora vamos corrigir, agora vamos dar apoio»; quando apareceu o problema do nemátodo do pinheiro, disse «agora é que vamos investir e intervir»; quando há um problema nos cereais, refere «agora é que vai haver solução», só que a solução nunca chega! Mas, apesar de tudo, Sr. Deputado, acho que este Governo tem, agora, pelo menos a possibilidade de corrigir alguns erros, porque até final do mês de Junho pode apresentar alterações ao PRODER junto da comunidade europeia. É neste momento, não é daqui a algum tempo! Já agora, também quero dizer-lhe, Sr. Deputado José Soeiro, que sinto alguma satisfação ao perceber que este Governo está a chegar ao fim.

O Sr. José Junqueiro (PS): — O fim do princípio!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Estou convencido que os agricultores portugueses vão seguramente mostrar um grande «cartão vermelho» a este Governo, a este Ministro, e não vai ser necessária uma remodelação governativa, vai ser necessário, efectivamente, um novo governo para podermos ter uma verdadeira política agrícola.

Aplausos do CDS-PP.

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