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10 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

dependência do petróleo; tal como apoiámos o reforço e a diversificação das exportações, que ganharam valor acrescentado e são hoje a base para um crescimento sustentável da economia portuguesa.
Há, pelos vistos, quem nada mais tenha a propor aos portugueses do que parar, desistir, adiar ou suspender. Conhecemos bem esse discurso: é o tristemente célebre «discurso da tanga».

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — No fim de contas, depois de muito procurar, é isto o que a direita portuguesa tem para oferecer aos portugueses: o mesmo discurso e os mesmos protagonistas; a mesma descrença e o mesmo pessimismo; e, sobretudo, o mesmo medo — medo do presente, medo do futuro, medo do progresso; o mesmo olhar sobre o País, com os olhos do passado.

Aplausos do PS.

Mas a verdade, Srs. Deputados, é que estar à altura das nossas responsabilidades para com as gerações futuras é fazer agora o que tem de ser feito, é enfrentar com determinação os nossos bloqueios estruturais, é concretizar com coragem as reformas necessárias, é não adiar os investimentos de que Portugal precisa, é acelerar as dinâmicas de qualificação e de modernização do País.
Foi esse o nosso compromisso e foi sempre esse o nosso caminho. Por isso, lançámos também o Plano Tecnológico, tendo sido disponibilizados 1 200 000 computadores, com ligação à Internet em banda larga, em condições acessíveis, às crianças, aos jovens, aos professores e aos adultos em formação profissional. Em 2007 e 2008, o saldo da balança tecnológica portuguesa foi, pela primeira vez, positivo, o que quer dizer que nesses dois anos exportámos mais do que importámos em termos de bens tecnológicos.
O Plano Tecnológico é isto mesmo: maior capacidade de utilização das tecnologias de informação; mais empresas e produtos tecnológicos; mais simplificação e modernização na Administração Pública; mais investimento em ciência e tecnologia.
Sabemos que nada disto impressiona nem comove os que, quando estiveram no governo, decidiram acabar com os incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento empresarial, mas nós escolhemos o caminho contrário. Connosco, o investimento em ciência e tecnologia superou, pela primeira vez, 1% do PIB, que foi, desde sempre, o objectivo da minha geração; os incentivos fiscais às empresas tornaram-se dos mais competitivos da Europa; e o investimento privado em ciência e tecnologia superou, finalmente, o investimento público.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas a nossa visão de um País moderno e preparado para vencer os desafios do futuro é indissociável da aposta na qualificação dos portugueses. Este é o melhor investimento que o País pode e deve fazer.
Neste domínio, encontrámos um País que parecia resignado: resignado às desigualdades no acesso à educação; resignado ao abandono e ao insucesso escolar; resignado ao desinvestimento no ensino profissional; resignado às baixas qualificações da população activa; resignado à irracionalidade e à degradação do parque escolar. Em suma, um País que parecia resignado a ficar para trás exactamente onde se joga o futuro, que é na educação pública de um País.

Aplausos do PS.

Pois o nosso compromisso era claro: não nos resignarmos a esse estado de coisas. E a verdade é que hoje, apesar do muito que ainda falta fazer, podemos dizer que temos em Portugal mais alunos a estudar, quer no ensino secundário quer no ensino superior, com menos insucesso e com menos abandono; a oferta de cursos profissionais atingiu, finalmente, 50% da oferta no ensino secundário; temos mais apoios e mais beneficiários na acção social escolar para ajudar as famílias e para promover a igualdade de oportunidades;

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