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49 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Antes mesmo de iniciar o discurso de balanço do maior partido da oposição, peço-vos pois licença para uma nota pessoal sobre o Parlamento. Uma nota que é obviamente do estado da Nação, pois o estado da Nação há-de medir-se também pelo estado do Parlamento.
Queria declarar aqui o imenso orgulho que tive em ser Deputado à Assembleia da República, em representar, ao vosso lado, os portugueses, em servir o meu País.

O Sr. José Cesário (PSD): — Muito bem!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Em Portugal, é usual criticar-se o Parlamento, desprezar-se os Deputados, amesquinhar-se a vida partidário-parlamentar. Vivemos numa cultura política e mediática de fascínio ou, ao menos, de obsessão pelo executivo. Pois, eu digo: tive e tenho imenso brio em ter servido como parlamentar, em ter convivido com tantos que defendem com convicção o que julgam ser os interesses dos portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Não quero, aliás, deixar — correndo o risco de ser politicamente incorrecto e inconveniente — de assinalar alguns Deputados de todas as bancadas que me marcaram pessoalmente.
Faço-o sem que isso represente qualquer menos caso ou desprimor para os restantes, mas apenas porque esses, em dado momento ou em dada altura, me disseram algo mais e porque são, a meu ver, exemplo da qualidade e da excelência que, mesmo contra todos os comentários, conseguimos aqui reunir.
Saliento a inteligência e a irrepetível faculdade de aconselhar do Presidente Jaime Gama.
No Bloco de Esquerda, lembro a cultura lúcida do Fernando Rosas, a interrogação certeira mas suave do João Semedo, a bravura afável da Helena Pinto.
No Partido Comunista, evoco a sabedoria humana do José Soeiro, a lealdade e a honestidade do Honório Novo, a inteligência ímpar do António Filipe.
No Partido Socialista, recordo a centelha da independência da Maria de Belém Roseira, a sensatez e o bom senso da Ana Catarina Mendonça, a inquietação social da Maria do Rosário Carneiro, a sensibilidade da Maria Antónia Almeida Santos, o dinamismo optimista do José Junqueiro, a dignidade, que faz dele o melhor de todos nós, a dignidade do Marques Júnior. Lembro também o Alberto Martins, a quem — posso testemunhá-lo pessoalmente, e em alguns casos só eu é que posso — o interesse nacional muito deve.
No CDS, para lá da amizade de sempre com o Diogo Feio, evoco o sentido de justiça da Teresa Caeiro, a competência discreta — discreta demais — do Nuno Magalhães e o desassombro do Nuno Teixeira de Melo.
E no meu Grupo, para lá da amizade que me liga a muitos e aqui simbolizo na pessoa do José Pedro Aguiar Branco, falarei só dos senadores, para não ser demasiado injusto: o virtuosismo político do Presidente Mota Amaral, a experiência e a pedagogia do Guilherme Silva, a pertinência crítica do Correia de Jesus, a disponibilidade permanente do Ribeiro Cristóvão. E, claro está, o apoio de toda a direcção, onde devo uma palavra especial ao Hugo Velosa, pelo trabalho incansável e sempre desinteressado.
Com este breve percurso, quero apenas dar testemunho de que o Parlamento português tem grandes mulheres e grandes homens, dispostos a servir e a pôr o melhor de si em tudo o que fazem.
Obrigado a todos.
Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros e demais Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Recomeço, pois.
Há momentos políticos em que tudo se clarifica, em que a verdade vem à superfície, em que o povo fala e faz luz sobre as grandes incógnitas e os grandes desígnios. O momento que vivemos vem precisamente a ser um desses momentos-chave em que aquilo que era obscuro se tornou claro e aquilo que era opaco se tornou nítido.
Ao fim de quatro anos e meio, é agora evidente que o Partido Socialista, o seu Governo e o seu PrimeiroMinistro falharam, falharam clamorosamente.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Muito bem!

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