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68 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem! Se querem mais um» Já falta pouco tempo.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Têm toda a razão. Não contámos com o Deputado Manuel Alegre!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Durante 4 anos, os senhores, perante cada problema, utilizaram sempre o argumento da suficiência da vossa maioria e eu apenas uso humildemente, como argumento, o nosso trabalho. Pode concordar-se ou discordar-se, mas foi o trabalho que aqui fizemos em defesa de muita gente! Os senhores, durante 4 anos, utilizaram, sistematicamente, a arrogância como estímulo de política e o sectarismo como atitude. Eu acho que aquilo que aqui devemos invocar foi o espírito de construir alternativas e soluções em face dos problemas que os senhores criavam ou não sabiam resolver.
É por isso que eu posso dizer — e digo-o com gosto! — que o PS errou muito e que o CDS teve muitas vezes razão, Sr. Primeiro-Ministro.
É por isso que, neste debate, que se passou um pouco entre o verbo rasgar e o verbo recuar, o País tem direito a mais e a melhor.

Aplausos do CDS-PP.

Qualquer novo governo deve respeitar o que os senhores tenham feito e seja correcto, mas deve mudar e é preciso mudar muito aquilo que os senhores fizeram e estava errado.
É por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que não recomendo nenhum triunfalismo — já lhe disse isso uma vez — e também não recomendo nenhum revanchismo. O País está cansado de espírito sectário, precisa de mais sentido de compromisso, precisa de uma mudança que seja serena, e é para isso que nós aqui estamos.
O senhor teve quatro anos e meio de poder, uma maioria absolutíssima, que entendeu muitas vezes como um poder absoluto, e um Presidente da República cooperante. Objectivamente, o Sr. Primeiro-Ministro apresenta um resultado fraco, um resultado de meio milhão de desempregados (e grande parte deles sem acesso a uma prestação), de muitos estudantes que pensam que o melhor é ir embora deste País, porque ele não lhes reconhece o esforço, nem o mérito, de muitos pequenos e médios empresários sufocados pela carga fiscal, de muitos pequenos e médios empresários que não sabem se hão-de pagar ao Estado ou aos seus trabalhadores, de muitos idosos que não podem tomar duas refeições, de muitos professores que estão desmotivados, de muitos polícias que estão desmotivados, de muitos agricultores que estão revoltados, de muita gente que está cansada do poder que vocês tiveram e do fraco uso que lhe deram.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, terminarei, pedindo-lhe apenas uma coisa. Fui eu que lhe sugeri que tivéssemos debates de 7 em 7 dias e o Sr. Primeiro-Ministro aceitou fazê-los de 15 em 15 dias — e ninguém lhe retira esse mérito. Sucede que o Sr. Primeiro-Ministro se especializou em não responder ao que lhe perguntam. E se há uma coisa de que os portugueses estão muito cansados é de um PrimeiroMinistro que nunca responde ao que lhe perguntam.
Mas mais (e com isto termino): há pedaço, quando fui lá fora «dar uma vista de olhos» na minha intervenção, percebi que o que se estava a discutir lá fora não era o que se estava a passar aqui, não era nada do que dizíamos ou pensávamos. A esse propósito, quero pedir-lhe uma coisa. É evidente que o Primeiro-Ministro de Portugal se vai demarcar de um gesto que aqui foi feito. Ora, o que quero pedir-lhe é que faça essa demarcação aqui, porque foi aqui que esse gesto foi feito e não lá fora nas entrevistas aos jornalistas. É só isso que lhe pedimos, do ponto de vista, obviamente, desta Câmara e do direito que o País tem a que as coisas sejam feitas. Quando há erros, assumem-se nos locais onde eles se cometem.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

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