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76 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

Mas a verdade, sim, a verdade é que abrimos «Novos mundos ao mundo». Estivemos na origem de um dos mais importantes processos de globalização da história universal e iniciámos um dos mais gloriosos períodos da nossa história. E porquê? Porque ganhámos, assim, uma centralidade nas rotas do comércio internacional que não tínhamos até então.
Hoje, confrontados com desafios análogos, pergunto: queremos ser os herdeiros do Infante, de D. João II? Ou queremos, pelo contrário, ser os herdeiros dessa figura camoniana, o «velho do Restelo», receoso do novo futuro? Queremos apostar num futuro assente na valorização dos portugueses e de Portugal ou, pelo contrário, acenar com adamastores, em vez de apontar cabos da Boa Esperança? Queremos um Portugal confiante, com ambição, ou um Portugal remediado, sem rasgo, míope e receoso do mundo global e do futuro? A aposta no crescimento não se vence sem investimento e sem poupança para o financiar. Só com investimento privado e público aumentaremos o potencial de produção futura da nossa economia e diminuiremos a dependência energética.
O problema do endividamento é a manifestação, no domínio financeiro, de um problema económico e só uma política económica que estimule a produção e a exportação o poderá resolver de forma permanente, pois só assim atacaremos a raiz do problema.
Defender que se resolve o desequilíbrio externo com a inacção, com a contracção do investimento, é limitar a produção e a exportação futura, o que poderá agravar ainda mais o nosso problema.
Reputamos de estratégicos os projectos de infra-estruturas de transportes e comunicações, pois contribuem para o reforço da nossa posição na economia europeia e mundial e, portanto, da nossa capacidade exportadora.
Portugal tem de ser um país de fácil acesso e, ao mesmo tempo, um país a partir do qual seja fácil chegar aos outros países por terra, pelo mar, pelo ar ou através da banda larga. Boas vias de comunicação e de transporte reduzem, em termos económicos, a distância do País face aos seus mercados, reduzem os custos e aumentam assim a nossa competitividade.
Que futuro podem as portuguesas e os portugueses esperar dos partidos da oposição? A oeste deste Hemiciclo nada de novo. O PCP e o Bloco, em coerência com a sua ideologia comunista, não escondem que são inimigos da iniciativa privada.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Eh, lá!»

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Estes partidos, não nos iludamos, defendem um modelo político e económico em que o Estado tudo tutela e em que o Estado tudo resolve, tudo providencia.
Um Estado omnipresente e asfixiante em que um pretenso igualitarismo não dá espaço à responsabilização individual,»

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » não gera incentivos ao esforço de cada um, nem dá lugar ao reconhecimento do mérito e do sucesso individual.
Um futuro bem sombrio já por vezes rejeitado pelos portugueses.

Protestos do PCP e do BE.

À nossa direita defende-se o Estado mínimo, defende-se — e cito — «rasgar e romper com todas as soluções que têm estado a ser adoptadas em termos de política económica e social». Sublinho, todas! Rasgar unidades de saúde familiar, rasgar cuidados continuados de saúde, rasgar centros escolares, rasgar о aumento das bolsas, rasgar o aumento do abono de família, rasgar o complemento social para idosos, rasgar os programas INOV, rasgar o apoio a milhares de bolseiros em ciência e tecnologia, rasgar о novo regime de governação e gestão das instituições de ensino superior, rasgar as medidas de combate ao trabalho precário»

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