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29 | I Série - Número: 102 | 10 de Julho de 2009

E nisso houve uma tremenda irresponsabilidade de quem, tendo a maioria, devia fazer alguma diferença.
Em relação ao défice de informação na nacionalização, não espanta que o Governo aqui tenha proposto uma nacionalização, dizendo ao País que ia custar 700 milhões de euros, que hoje se sabe que vai já em 2550 milhões de euros.
E isso também tem ligação com ligação ao Banco de Portugal, pois trata-se de uma nacionalização proposta sem um único parecer, uma única estimativa, um único cálculo, excepção feita a um ofício do Banco de Portugal, que juntei na Comissão, remetido ao Ministério das Finanças dois dias antes da nacionalização, que, num único parágrafo de sete linhas, sugere essa nacionalização, sem dizer quais os prejuízos do BPN, sem dizer qual o risco sistémico, como seria suposto dizer, caso a nacionalização não acontecesse, sem dizer qual o custo para os contribuintes, sem dizer coisa alguma.
Assim se fazem nacionalizações em Portugal, tal e qual no PREC. Era suposto que, passados 30 anos, fossem feitas um bocadinho melhor.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Peço-lhe que termine, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Vou terminar. Sr. Presidente.
Também quero dizer que considero inaceitável — e registo aqui que é pena que, antes de mim, ninguém o tenha feito — a falta de colaboração do Banco de Portugal com este órgão de soberania,»

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — » numa rejeição que tem de ser expressa tambçm aqui neste Plenário.
Foi este Plenário que decidiu a constituição desta Comissão Parlamentar de Inquérito; foi este Plenário que disse que a supervisão tinha de ser avaliada; foi este órgão de soberania que decidiu que o Banco de Portugal estaria obrigado a colaborar com cada um dos seus Deputados, principalmente com aqueles que integravam esta Comissão; foi o Banco de Portugal que esteve para com o Parlamento como o BPN esteve para o Banco de Portugal, pois recusou informações e rejeitou pedidos de documentos. É inaceitável mas para o Partido Socialista parece normal, e, no dia seguinte, continua tudo na mesma.
Por isso, eu disse, Sr. Deputado Ricardo Rodrigues, que a seguir vai usar da palavra, e Sr.ª Deputada Sónia Sanfona, que a Comissão esteve bem ao longo de todos estes seis meses e podia ter terminado com «chave de ouro«, com conclusões unànimes»

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Com as suas conclusões!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — » que retratassem um mínimo de verdade, mas acaba com a verdade do Partido Socialista.
Também por isso, quero dizer ao Partido Socialista que maioria absoluta não é poder absoluto e o CDS, nesta bancada, integrado hoje por estes Deputados, tal como amanhã por aqueles que nos substituírem e pelos que se mantiverem, continuará este trabalho.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de terminar. Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente.
E não tem a ver com a supervisão, não tem a ver com o Governador do Banco de Portugal,»

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Que ideia!