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12 | I Série - Número: 014 | 15 de Outubro de 2010

Negar, esconder e ocultar a verdadeira situação do País é a marca do Primeiro-Ministro.

Aplausos do PSD.

Mas é também a razão do seu total descrédito.
É anedótico, mas infelizmente trágico, relembrar aqui as palavras pomposas de José Sócrates em 12 de Maio último: «Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano.
Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise».
Srs. Deputados, o que dirá um português em casa deste hino à irresponsabilidade, desta constante negação da realidade?! O que dirá um português que ouve o principal responsável da governação — o Primeiro-Ministro — dizer que está tudo bem, «somos os campeões do crescimento» e, depois, obrigam-no a pagar mais impostos, a prestação da sua casa dispara, o seu salário desce ou perde mesmo o emprego,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E o PSD nada tem a ver com isso»!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — » ao mesmo tempo que lhe encerram o serviço de saõde ou a escola mais próxima, que lhe dizem para pagar uma portagem, os mesmos, os socialistas, que lhes prometeram que isso não ia acontecer?! O que dirá um português, quando ouve o Primeiro-Ministro classificar de alarmistas os alertas e as denúncias da oposição sobre a situação financeira e orçamental do País e, depois, vê o mesmo personagem, com a mesma cara, embora com uma voz mais doce, anunciar como inevitável o plano de austeridade de Sócrates?!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E o que dirá um português desse mesmo plano de austeridade de Sócrates, quando, quatro meses antes, o mesmo político, o mesmo Governo, lhe disseram que as medidas do chamado «PEC 2» eram as necessárias e suficientes e, mais, que eram transitórias e extraordinárias?! Bom, um português lá dirá, provavelmente, que este é o Governo mais bipolar da nossa história.

Aplausos do PSD.

Porém, o nosso papel aqui não é só secundar as interrogações e as conclusões dos portugueses. Esta Assembleia tem o dever de fiscalizar e de responsabilizar o Governo. E é o Governo e o partido que o sustenta que têm de prestar contas aos portugueses e a este Parlamento. E ninguém mais do que o PSD o pode reclamar.
Como é possível que em 2010, depois de tudo o que se passou, depois de o maior partido da oposição, que não tem responsabilidade na situação que estamos a viver,»

Vozes do PCP: — Nenhuma»!!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — » ter dado a este Governo todas as condições que ele requereu para fugir à insolvência e à bancarrota, nós possamos estar, de repente, na eminência de não ter crédito externo e de não ter financiamento para o País?! Como é possível?! Estas são as respostas que o País reclama do Partido Socialista e do Governo.
Há um ano, o Partido Socialista baixava o IVA em 1%. O que dizia o Governo do Partido Socialista? Que finalmente tinham cumprido a missão, que competentemente — na ideia dele — tinham reduzido o défice, que já era possível baixar o IVA. Agora, pediu-nos para subir um ponto em todas as taxas e já está a dizer que, se não tiver mais 2% de aumento do IVA, isto vai ser o fim do mundo.

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