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21 | I Série - Número: 014 | 15 de Outubro de 2010

O Primeiro-Ministro foi igualmente claro quanto ao dramático conflito israelo-palestiniano, que se arrasta há décadas e que precisa urgentemente de um fim justo e adequado que contemple a criação de um Estado palestiniano independente e democrático, a viver lado a lado com Israel em paz e segurança.
O combate ao terrorismo, os conflitos regionais, o problema nuclear iraniano e norte-coreano ou a transição no Afeganistão são outros dos problemas que inquietam a comunidade internacional.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: À compartimentação ideológica e geográfica dos tempos da Guerra Fria sucedeu-se um mundo que tem vindo a transformar-se de forma imprevisível, multipolar e com uma disseminação do terrorismo com grande potencial desestabilizador, sobretudo após os atentados de 11 de Setembro.
Há novas potências regionais a afirmar-se em todos os continentes e uma corrida desenfreada aos recursos naturais, particularmente aos energéticos, sem que se perceba muito bem que consequências daí advirão para o relacionamento entre as nações e os equilíbrios geoestratégicos.
Todos os dias nos confrontamos com um choque cultural e civilizacional que está a levar os Estados a adoptarem medidas duras e duvidosas quanto aos seus efeitos e, particularmente na Europa, verifica-se um aumento preocupante dos movimentos de extrema-direita, marcados pelo preconceito cultural e pela xenofobia.
A tarefa que o nosso País vai assumir a partir de 2011 obrigará não só ao trabalho directo nas Nações Unidas, em Nova Iorque, mas ao envolvimento de toda a máquina diplomática, que será chamada a contribuir para que Portugal desempenhe de forma competente e eficaz a sua missão nas diferentes partes do globo.
Tal como estivemos à altura das responsabilidades no passado, quer quando ocupámos o lugar de membro não permanente do Conselho de Segurança, quer quando tivemos a presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas, também agora saberemos dar o melhor de nós e da nossa visão tolerante e humanista.
A nossa capacidade para interpretar culturas, aproximar os povos, superar os conflitos e as adversidades, a nossa discrição e a nossa competência serão os maiores trunfos para prestigiar Portugal e termos uma projecção à medida das nossas justas ambições, do nosso legado cultural e da nossa história.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — A Mesa regista a inscrição de três Srs. Deputados para formularem pedidos de esclarecimento, aos quais o Sr. Deputado Paulo Pisco responderá em separado, pelo que tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado José Cesário.

O Sr. José Cesário (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Pisco, a eleição de Portugal para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma grande vitória da nossa diplomacia, uma grande vitória dos nossos órgãos de soberania, uma grande vitória que resultou de um empenhamento colectivo, de que nos orgulhamos profundamente, do Sr. Presidente da República, dos anteriores e actual Governo, da nossa diplomacia em geral e do próprio Parlamento.
Por isso, exactamente por isso, vamos apreciar mais logo, neste Parlamento, um voto aprovado, de forma consensual, pelos maiores partidos nesta Assembleia, na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. Quisemos, assim, contribuir, de forma consensual, para a assunção de uma vitória, que é uma vitória de todo o País.
É curioso, portanto, que o Partido Socialista queira trazer esta matéria ao período das declarações políticas, numa intervenção partidária em que procura, de alguma forma, antecipar essa discussão e reclamar, para si, frutos, vitórias e sucessos que são de todos nós.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

Esta é uma questão de Estado, Srs. Deputados, que não se compadece com preciosismos de natureza partidária que tentam contribuir para um isolacionismo que não é aceitável. Esta é a imagem do Partido

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