100 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Não escondemos, como fez o governo do Dr. Paulo Portas, um défice de 6,4% em 2004.
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Não escondemos aquilo que o PSD e o CDS-PP tentaram esconder ao longo deste debate: é que, entre 2001 e 2004, aumentaram a despesa corrente primária, em mçdia, 3260 milhões de euros/ano,»
Aplausos do PS.
» aumentaram a dívida põblica de 53% do PIB para quase 58% do PIB.
Risos do PSD.
É esta a realidade que procuraram esconder, é este o currículo que têm e é este o currículo que nos apresentam, agora, os arautos do rigor e do corte da despesa.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Porque não receamos as nossas responsabilidades, porque não receamos encarar a realidade que temos pela frente, o Governo assume com coragem, com rigor e com responsabilidade uma trajectória de consolidação orçamental cujas metas orçamentais subjacentes contribuirão decisivamente para o equilíbrio das contas públicas, devolvendo a confiança aos mercados e promovendo a estabilidade financeira.
A par desta estratégia de rigor orçamental, o Governo prosseguirá com as reformas estruturais no sentido de melhorar o quadro de competitividade e de funcionamento da economia portuguesa e, por essa via, estimular o crescimento económico sustentado, o emprego e a qualidade de vida dos portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos ao Sr. Ministro das Finanças, 11 Srs. Deputados, tendo o Sr. Ministro informado a Mesa de que responderá, em conjunto, a um primeiro grupo de três, a um segundo grupo de três e a um último grupo de cinco pedidos de esclarecimento.
Em primeiro lugar, tem a palavra o Sr. Depurado Duarte Pacheco.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, a situação do País está ao nível do entusiasmo que a sua intervenção gerou na bancada do Partido Socialista, ou seja, um entusiasmo gelado.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS.
E sabe porquê, Sr. Ministro? Porque o Sr. Ministro conseguiu um feito inédito: é que à esquerda e à direita, e até no PS, entre economistas ou não economistas, todos são unânimes em que este é um mau Orçamento.
O Sr. Honório Novo (PCP): — É por isso que o PSD vai ajudar a aprová-lo!