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75 | I Série - Número: 038 | 14 de Janeiro de 2011

do Barlavento, em Portimão ou em Lagos, demora quase tanto tempo a ir de comboio de Tunes para Lagos como demora o comboio de Lisboa para Tunes.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Isso é verdade!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Temos uma linha ferroviária de terceiro mundo, de terceira classe.
Portanto, pagamos, somos solidários com os restantes portugueses, mas queremos as contrapartidas que os outros portugueses têm! Nem sequer pedimos que nos façam três auto-estradas paralelas, distanciadas entre si de 10 km, como tem toda a costa oeste de Portugal!.. Nós só temos esta! Finalmente, quanto à requalificação da estrada nacional n.º 125, é evidente que estando esta requalificação feita constituirá uma alternativa à Via do Infante que teremos de aceitar, como no resto do País os restantes portugueses aceitam, e terão de aceitar, as estradas nacionais que têm como alternativa às auto-estradas que vão ser portajadas. Sucede, no entanto, que da requalificação prometida pelo PS, num percurso que acompanhará a Via do Infante em 140 km ou 150 km, estão requalificados apenas 5 km!» Penso que é demasiado pouco para se poder considerar uma verdadeira alternativa!

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Concluo já, Sr. Presidente.
Depois de acabada a dita requalificação ficará a estrada nacional n.º 125 dotada de 84 «cómodas» e «facilitadoras« rotundas para quem tem de percorrer o Algarve»! Para quem não tem ideia — grande parte dos Deputados são do norte de Portugal — , para se ir do distrito de Viana do Castelo ao distrito de Braga percorrem-se 60 ou 70 km; um comercial do Algarve que esteja sediado em Vila Real de Santo António e queira ir atender um cliente em Sagres percorre 160 km ou 170 km e outros tantos à vinda. É esta a realidade do Algarve, que é distinta da do resto do País.
Portanto, sim senhor, somo solidários e se todos os portugueses vão pagar portagens nas auto-estradas não vemos em que é que temos de ser diferentes. Porém, queremos, e exigimos, as devidas contrapartidas, e essas nunca o Estado nos deu! Finalmente, queria dar um último recado à Sr.ª Deputada Cecília Honório.
Sr.ª Deputada, quem ç algarvio não fala em A22»

Risos da Deputada do BE Cecília Honório.

Isso foi uma invenção do Governo. O que existe no Algarve é a Via do Infante. A A22 surge de umas placas que o Governo lá pendurou durante a noite, á socapa»

Risos da Deputada do BE Cecília Honório.

Os algarvios acordaram no dia seguinte e tinham lá essas placas!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Freitas para uma intervenção.

O Sr. Miguel Freitas (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A introdução das portagens na Via do Infante foi, certamente, uma das decisões mais difíceis que o Governo tomou, mas devo dizer que, reconhecendo os custos dessa decisão, preferimos pagar o custo da decisão do que fazer um discurso de hipocrisia.
Não somos como aqueles partidos que têm duas posições: uma a nível nacional e outra na região. Não, não fazemos isso! Não somos daqueles que em vários sítios do País dizem que é preciso que todos paguem, e que paguem já, enquanto os dirigentes desse mesmo partido — estou a referir-me em concreto ao PSD — ,

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