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19 | I Série - Número: 043 | 27 de Janeiro de 2011

factores de competitividade da economia — que iremos dar prioridade às ligações com os portos, aeroportos e plataformas logísticas.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Entretanto, também já disse outras coisas!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Aliás, se os Srs. Deputados estiveram com atenção à enumeração que fiz das obras que estão em curso, devem ter reparado que as ligações com os portos são algo que é particularmente tido em atenção, até porque, como sabem, uma das respostas que o País tem de encontrar para ultrapassar as dificuldades está precisamente na exportação e a exportação exige competitividade, exige boas articulações internacionais.
Naturalmente, tendo em conta aquilo que disse, vamos também dar prioridade às ligações internacionais. E reparem que, quando falo em ligações internacionais — aliás, alguns dos Srs. Deputados referiram esse aspecto — , considero extremamente importante o projecto de ligação ferroviária entre Lisboa e Madrid, de alta velocidade e não só. Relativamente a este projecto, também há muita irresponsabilidade e muita demagogia, pois trata-se de um projecto absolutamente estruturante, sob todos os pontos de vista, não apenas em termos gerais, mas em termos da própria economia.
Em primeiro lugar, a ligação em alta velocidade Lisboa/Madrid é uma via mista, para passageiros e mercadorias. É uma linha convencional de mercadorias que vai permitir articular os três portos com a plataforma logística e com as redes internacionais. E, Srs. Deputados, este é um projecto absolutamente estruturante. Mais: os portos de Sines, Setúbal e Lisboa não poderão ser potenciados, em todas as suas capacidades, se este projecto ferroviário não for para a frente em tempo oportuno.
Para já, é esta a mensagem que quero aqui deixar, terei oportunidade de responder mais à frente a outras questões.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma interpelação à Mesa, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, penso que as figuras regimentais deviam ser um bocadinho explicadas ao Sr. Ministro das Obras Públicas. É porque os pedidos de esclarecimento querem respostas, não querem «mensagens», em repetição de intervenções, e o Sr. Ministro não respondeu a uma única pergunta que lhe foi feita por qualquer uma das bancadas. O que o Sr. Ministro acabou de fazer foi uma repetição sumária da primeira intervenção, ou seja, o Sr. Ministro vem para aqui — e peço desculpa pela expressão — com umas palas ao nível da intervenção e não sai dela. Não sai dela!

Protestos do PS.

O debate não será produtivo se o Sr. Ministro não entrar nele! Vem com a conversa feita, mas tem de responder às perguntas que lhe são formuladas, porque é assim que se promove o debate! Caso contrário, saímos todos daqui na mesma e nós não queremos sair daqui na mesma! Nós queremos denunciar as questões, alertar e propor soluções, e queremos ouvir o Governo e a sua sensibilidade relativamente a essas matérias. Queremos respostas, mas aquilo que temos é uma repetição da intervenção inicial do Sr. Ministro.
O Sr. Ministro acabou a sua intervenção a dizer que esta era a mensagem que queria dar à Assembleia, mas não pode ser, Sr. Presidente! Portanto, peço à Mesa o favor de solicitar ao Sr. Ministro que, na próxima ronda, tenha a seriedade de responder claramente aos Deputados, às questões que lhe são colocadas, de modo a que o debate possa ser, no mínimo, frutuoso.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, a Mesa é sempre responsável pela condução dos trabalhos, mas nunca plenamente pelo resultado dos trabalhos.

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