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24 | I Série - Número: 043 | 27 de Janeiro de 2011

linhas que dão resultados positivos na CP são as linhas de grande curso Lisboa/Porto e Lisboa/Algarve. O resto, Sr.ª Deputada, é tudo prejuízo neste momento.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso está mal contado!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Digo isto para a Sr.ª Deputada tomar consciência de que aquilo que afirmou não corresponde, minimamente, à realidade.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

Mas digo-lhe mais: a sustentabilidade das empresas é uma preocupação nossa. Aliás, penso que os senhores não estão preocupados com a sustentabilidade das empresas porque também não estão preocupados com quem paga. Mas somos todos nós, incluindo os Srs. Deputados, que têm a responsabilidade de pagar isso.
Naturalmente que o Governo e o Estado têm responsabilidades muito mais amplas e gerais, tendo de fazer uma gestão racional dos recursos e dos impostos que todos nós pagamos. Portanto, temos a obrigação de ser responsáveis e as intervenções que a Sr.ª Deputada fez relevam da maior irresponsabilidade relativamente a esta matéria.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

A sustentabilidade das empresas assegura-se com eficiência, com racionalidade e eficiência da gestão, mas também com a adequação dos serviços que as empresas prestam à realidade, e isso é fundamental. Não podemos ter empresas que não prestam os serviços que não vão ao encontro das necessidades.
A Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia e alguns outros Srs. Deputados afirmaram que, noutros países, há investimento no sector ferroviário, que há aumento da utilização do transporte ferroviário por parte dos passageiros. É verdade! E fazemos os investimentos que estamos a fazer precisamente com o objectivo de valorizar o transporte ferroviário, mas procurando adequá-lo àquilo que ele deve fazer, nas actuais condições.
Os Srs. Deputados, provavelmente, não gostam de ouvir as repetições, mas pode ser que as repetições levem a que os Srs. Deputados interiorizem e fiquem a pensar como deve ser relativamente à situação.
Portanto, vou repetir tantas vezes quantas as que forem necessárias,»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Até se tornar verdade!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — » porque pode ser que, desta forma, os Srs. Deputados não façam as intervenções que têm feito.
Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, relativamente àquilo que se passa noutros países, quero dizer-lhe — temos o levantamento feito em relação ao desenvolvimento do sector ferroviário — , que, por exemplo, desde 1950, o Reino Unido diminuiu a extensão da sua via-fçrrea em 48%;»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E com que resultados?! Até já nacionalizaram linhas!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — » a Suécia diminuiu-a em 35%; a Holanda diminuiu-a em 10%; a Irlanda diminuiu-a em 53%, a França diminuiu-a em 28%; Portugal diminuiu-a em 20%. Ou seja, em todos os países há dinâmicas de adequação do sector ferroviário à sua realidade económica.
Mais: é obvio que nesses países também foi feito investimento extremamente sério na modernização e na construção de outras vias, particularmente na alta velocidade em Espanha ou em França, que permitiram atrair novos clientes. É precisamente isso que estamos aqui a fazer em Portugal, alterando um sistema ferroviário fundamentalmente herdado do século XIX, e que queremos preparar para as realidades actuais e para as que se perspectivam para futuro. É isso que estamos a fazer: a adequar o sistema ferroviário às necessidades presentes e futuras.

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