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54 | I Série - Número: 046 | 3 de Fevereiro de 2011

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, agradeço a oportunidade que me dá e também a saudação que nos dirigiu pela realização das Jornadas Parlamentares do PSD.
Deixe-me começar por lhe dizer que, por falar generalidade, estive o mais atento possível e não percebi a especificidade da sua intervenção, porque, de facto, ela não foi mais do que um anúncio de meras generalidades.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Começou V. Ex.ª por falar em «trapalhada». Que bela tarde para falarmos de trapalhada!

Risos do PSD.

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Exactamente!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Já está à defesa! É mau sinal, Sr. Deputado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — No dia em que o líder da bancada do Partido Socialista e o Ministro dos Assuntos Parlamentares, que, por ironia, é o membro do Governo — , além de destacado militante e dirigente do Partido Socialista — que trabalha em permanência com o Parlamento, que cuida de fazer a ligação entre o Parlamento e o Governo e, presumo, entre a bancada que sustenta o Governo e o próprio Governo, dizem coisas diferentes (um diz uma coisa e o outro diz uma coisa completamente contrária) num tema que é importante e estruturante do nosso sistema político, a Sr.ª Deputada vir falar de «trapalhada» de posições políticas é, de facto, um hino à irresponsabilidade que grassa na bancada do Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

Quanto ao discurso que aqui fez, Sr.ª Deputada, só faltou a «cereja em cima do bolo», que é aquela generalidade que normalmente o Sr. Primeiro-Ministro anuncia quando vem ao Parlamento (aliás, fê-lo ainda na semana passada), que é dizer que «está tudo bem».
Temos uma taxa de desemprego que é a maior de sempre, temos um endividamento que é o maior e o mais preocupante de sempre, temos os funcionários públicos a verem o seu salário diminuído, temos os sectores públicos a definhar, temos os impostos a aumentarem todos os dias e, perante esta situação, o Sr.
Primeiro-Ministro e a bancada do Partido Socialista dizem sempre que «está tudo bem».

Protestos do PS.

Aliás, não é preciso discutir ideias.
Depois, queixam-se de duas coisas que são contraditórias. Se o PSD não tem ideias, vêm para aqui e erguem a voz, dizendo: «Apresentem as vossas ideias!». Se o PSD tem ideias e as apresenta para discussão, aí dizem: «Bom, afinal não queremos discutir as ideias do PSD, porque está tudo bem e não há nada a reformar».

Protestos do PS.

Sr.ª Deputada, quem governa em Portugal, ainda, é o Partido Socialista. Quem sustenta o Governo do Partido Socialista é a vossa bancada. E a vossa bancada deveria ser a primeira a estar interessada em aprofundar as propostas que aqui trazemos.

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