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17 | I Série - Número: 057 | 26 de Fevereiro de 2011

E se o senhor se sente incomodado por ser hoje aqui confrontado com a realidade dos anúncios que faz, da propaganda que faz, que, depois, tem execuções como a que tive oportunidade de lhe mostrar, o senhor só tem de acolher como bom o conselho que lhe dei no final da minha intervenção anterior: não venda ilusões aos jovens!

Aplausos do PSD.

É que o senhor tem, hoje, em Portugal, 287 000 jovens sem emprego e, pior ainda, sem perspectiva de emprego. Temos jovens frustrados na sociedade, muitos deles qualificadíssimos, porque o senhor adoptou, ao longo destes seis anos, políticas erradas que não dão oportunidade, na economia, de gerar empregos e oportunidades de trabalho para esta gente.

Aplausos do PSD.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, reitero o pedido que lhe fiz: faça um bom estudo da proposta que fizemos.

O Sr. Manuel Mota (PS): — Uma vergonha de proposta!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É que nós já sabemos que entrámos numa nova fase, ou seja, até agora, para o Governo, o PSD não tinha propostas, agora tem propostas, mas o PS recusa, automaticamente, as propostas que fazemos.

Vozes do PSD: — Exactamente!

Protestos do PS.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, há uma questão que não tem a ver com esta situação, mas que, pela gravidade que encerra, não posso deixar de suscitar ao Primeiro-Ministro do País.
A questão é a seguinte: no fim-de-semana passado, o Sr. Procurador-Geral da República deu uma entrevista a um órgão de comunicação social, em que disse que havia entidades do Estado que faziam escutas — escutas, evidentemente, ilegais. Ora, esperei todos estes dias para que alguém do Governo dissesse alguma coisa sobre esta matéria. A pergunta que lhe faço, Sr. Primeiro-Ministro, vai, pois, no sentido de saber o que pensa destas declarações do Procurador-Geral da República e se acha bem que as tenha feito.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, face ao maior problema social que o País tem, que é o do desemprego — segundo os números do último trimestre de 2010, há 11,1% de pessoas sem oportunidade de trabalho no nosso País e em distritos ou regiões, como o Algarve ou o Norte, atingem-se números de 14% ou 15% de desempregados — , com um quarto dos jovens sem oportunidade de trabalho e uma mobilidade social completamente estancada no nosso País, pensei que o Sr. Primeiro-Ministro nos traria alguma coisa nova, mas o Sr. Primeiro-Ministro está como o canal História, dá sempre o mesmo.
O Sr. Primeiro-Ministro vem aqui anunciar 50 000 estágios profissionais?! Ó Sr. Primeiro-Ministro, já tinha anunciado isso na Assembleia da República no dia 27 de Dezembro do ano passado! É exactamente a mesma medida: lançar 50 000 estágios profissionais para jovens! É o mesmo, Sr. Primeiro-Ministro! O senhor parece um disco riscado ou um CD em repeat, Sr. Primeiro-Ministro! É sempre o mesmo! Não cumpre à primeira nem cumpre à segunda!

Aplausos do CDS-PP.

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