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26 | I Série - Número: 057 | 26 de Fevereiro de 2011

um prçmio, e o Presidente da TAP consegue garantir 624 000 €, todos os anos, e não há, neste Parlamento, a não ser pela voz da esquerda, a vontade de se bater para limitar os salários dos gestores.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Isso é falso!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — E aí está o PSD e o CDS»

Protestos do CDS-PP.

Perdão, o PSD e o PS,»

Vozes do CDS-PP: — Ah»!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — » que não deixam que haja qualquer modificação.
Olhamos para esta distribuição de sacrifícios e vemos bem o que se passa, Sr. Primeiro-Ministro. Bem se pode rir! Mas nos CTT, onde há 900 trabalhadores, em contratos a prazo — o Sr. Primeiro-Ministro «rasga as vestes» pelos trabalhadores em contratos a prazo — vai despedir 900! Mas o Presidente daquela empresa ganha 337 000 €, por ano, e o PS não aceita que haja limitação aos salários dos gestores.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Estamos, portanto, perante uma economia indecente, Sr. PrimeiroMinistro, em que os sacrifícios são o desemprego e são as gerações dos mais qualificados.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, realmente, um dos acrescentos que o Sr. Deputado podia, e devia, trazer para o debate era ser rigoroso naquilo que diz. Infelizmente, nunca é! Vou dar-lhe dois exemplos, sendo o primeiro na Administração Pública. Vejamos como estão as coisas na Administração Pública: em Dezembro de 2005, tínhamos 7099 contratos de avença ou de tarefa, repito, 7099; em Dezembro de 2010, temos 3800. Há uma redução de 46%.

Protestos do BE.

Claro, o líder Pureza ri-se»

Risos do BE.

Acha pouco! Ok. Eu acredito que os senhores olhem para tudo isto e achem que não é nada.

Protestos do BE.

Mas pergunto o seguinte: este é, ou não, um esforço honesto, por parte do Estado, para reduzir os recibos verdes? É, ou não, um esforço razoável? Como é que os senhores não são capazes de reconhecer isto?! É claro que nós não queremos acabar com os recibos verdes que são justificados, porque há recibos verdes justificados. Queremos acabar com aqueles que não são justificados. E, ao longo destes cinco anos, reduzimo-los em 46%. Não seria decente reconhecer isso? Não seria decente e um contributo para um diálogo

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