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I SÉRIE — NÚMERO 10

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A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Julgo que isso é a prova provada de que o Sr. Primeiro-Ministro,

lá no fundo, reconhece a brutal injustiça da medida e de como ela vai recair penosamente sobre as famílias

portuguesas.

O apelo que Os Verdes aqui fazem é no sentido de que o Governo atente, de facto, às consequências

concretas das medidas que vai tomar, porque quando alguns idosos deste País e mesmo os mais jovens, não

importa, começarem a deixar de tomar medicamentos e a prejudicar a sua saúde devido às medidas concretas

que o Governo tomou quanto ao aumento do preço dos medicamentos, depois venha cá falar, Sr. Primeiro-

Ministro…! Sabe porquê? Porque os mais ricos, aqueles que toda a gente sabe — e isso veio anunciado

publicamente — que enriquecem cada vez mais e não se percebe como… Aliás, este País está uma desgraça,

toda a gente está a sacrificar-se, mas os mais ricos deste País continuam a enriquecer! Nesses o Sr. Primeiro-

Ministro até pode aumentar os medicamentos 300%, se quiser, que eles pagam com a maior das facilidades.

No entanto, nesses, a quem não custa pagar, os senhores não tocam!

Os senhores falam do Orçamento rectificativo… É importante os portugueses terem consciência das

divergências que existem neste País. O País está mal! O País está muito mal! É preciso arrecadar, é preciso

tirar do bolso dos portugueses milhões de euros, mas o Governo prepara-se para apresentar um Orçamento

rectificativo à Assembleia da República para injectar directamente na banca 12 000 milhões de euros.

Então, andamos aqui a brincar, Sr. Primeiro-Ministro? Para uns há, para outros não há?! O Sr. Primeiro-

Ministro acha que a banca é fundamental para a economia. E as micro, pequenas e médias empresas não

são? E os trabalhadores portugueses não são? Isto não rola tudo com toda esta massa? Os portugueses não

são fundamentais para a dinamização da nossa economia? É claro que são, mas desses o Sr. Primeiro-

Ministro não quer saber!

Por último, já que o Sr. Primeiro-Ministro, no tempo de resposta a um grupo parlamentar, vai responder a

outro grupo parlamentar, gostava de saber directamente do Sr. Primeiro-Ministro o seguinte: já falou sobre o

número de administradores da Caixa Geral de Depósitos. Há ou não pessoas nomeadas para a administração

da Caixa Geral de Depósitos com interesses directos em relação à Caixa e, portanto, com um directo conflito

de interesses?

Gostava, pois, de saber qual é a opinião do Sr. Primeiro-Ministro relativamente a esta matéria.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, peço a palavra para uma interpelação à Mesa.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado António Braga, antes de lhe dar a palavra, quero dizer o seguinte:

quando há uma entorse no procedimento, essa entorse multiplica-se por natureza. Nós criámos aqui um

problema ao compensar os grupos parlamentares. É que, depois, o Sr. Primeiro-Ministro não pode responder

às últimas perguntas que lhe são colocadas.

Por uma lógica de auto-regulação, se todos estiverem de acordo, poder-se-á, nessa fase de

prolongamento, deixar que o Sr. Primeiro-Ministro responda ainda que num curtíssimo espaço de tempo, para

não «stressar» o debate.

Entretanto, dou a palavra ao Sr. Deputado António Braga e espero que o bom senso e o consenso

resolvam o problema desta entorse.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, é justamente para a boa consecução deste debate de hoje

que pedi para usar da palavra.

O Sr. Primeiro-Ministro, durante o debate, interpelado pelo Secretário-Geral do Partido Socialista, Sr.

Deputado António José Seguro, garantiu que a partir das 9 horas de hoje havia um sítio a funcionar na Internet

— e nós presumimos que é o sítio do Governo — onde estaria informação detalhada, designadamente sobre a

nomeação da Caixa…

A Sr.ª Presidente: — Essa não é uma questão de procedimento, Sr. Deputado. Não vou dar-lhe a palavra

sobre o tema. Não me leve a mal, mas não é uma questão de procedimento.

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