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1 DE OUTUBRO DE 2011

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de fundo de competência e de credibilidade. É que, Srs. Deputados do Partido Socialista, não é esta maioria

que precisa dessa competência e dessa credibilidade do Partido Socialista, é o País que dela precisa.

O País, graças à vossa governação, vive um dos momentos mais difíceis da sua história; o País, graças à

governação do Eng.º José Sócrates — era preciso que alguém dissesse aqui este nome, porque os senhores

não são capazes de o dizer —,…

Risos do CDS-PP.

… vive, neste momento, uma prova muito difícil de resistência e de capacidade para sair desta situação. E

nós sabemos que, lá fora e cá dentro, é importante saber se o Partido Socialista, tendo assinado um

compromisso, é capaz de o cumprir. Por isso, não nos passa pela cabeça que o Partido Socialista continue

neste caminho errático, de tentar dar a entender que nada tem a ver com uma coisa que não só assinou como

foi o próprio a negociar, de manter a retórica de que os problemas se resolvem ao nível internacional e ao

nível do corte na despesa, apresentando apenas soluções para aumentar a receita.

Srs. Deputados, de facto, não nos trouxeram novidades. Esperamos que as consigam trazer e espera o

País, acima de tudo, um Partido Socialista que dê mais do que aquilo que hoje foi capaz de dar.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia

Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Pinho de Almeida, bem pode o CDS-

PP tentar disfarçar o incómodo com todo e qualquer debate sobre o aumento de impostos e os sucessivos

aumentos de impostos que caracterizam os 100 dias de governação do Governo da maioria de que o Sr.

Deputado faz parte. Bem pode o CDS-PP tentar disfarçar o seu incómodo, acusando o PS de tudo e qualquer

coisa. Pode até tentar sugerir, o que, de resto, agradecemos, os temas para o debate político que o PS

entende fazer.

A verdade, Sr. Deputado, é que o CDS, durante os seis anos que esteve na oposição, foi contra todo e

qualquer aumento de impostos. Recordo-lhe, se não se lembra, de que chumbou o PEC 4 por causa do

aumento de impostos. Veja lá a ironia do destino: a marca dos 100 dias do Governo de que o CDS faz parte

são três aumentos de impostos!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, pode desculpar-se com a governação do PS como quiser, mas a verdade é só uma: os

senhores, hoje, têm responsabilidades governativas e têm de responder pelas vossas opções.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — O PS não respondeu a nada!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Por isso, parece-me que, neste debate, há duas perguntas a que o Sr.

Deputado, em nome do CDS, tem de responder, a primeira das quais é a seguinte: como é que um partido que

afirma ser contra o aumento de impostos prefere antecipar o aumento do IVA sobre o gás e a electricidade, em

vez de taxar, já em 2011, as empresas com mais de 2 milhões de euros de lucros, como, de resto, a maioria

propõe, mas só para 2012?!

Depois, Sr. Deputado, ética na austeridade — é uma frase com que o Governo tenta encher a boca. Os

Srs. Deputados não consideram que, ao recusar as propostas do PS, que têm como único objectivo garantir

uma mais justa repartição dos sacrifícios que são pedidos aos portugueses, o CDS está a votar contra a ética

na austeridade e contra o equilíbrio dos sacrifícios que devem ser pedidos?

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço-lhe que termine, Sr.ª Deputada.

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I SÉRIE — NÚMERO 26 26 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Vou terminar,
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