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11 DE NOVEMBRO DE 2011

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que temos é ainda imperfeita — referi-me a isso ontem mesmo, em público. Nós precisamos de completar

essa construção no meio da adversidade em que vivemos, aprofundando uma união económica, que não

existe ainda,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mais governo…!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e criando um aprofundamento político que passa, justamente, pelo método

comunitário e não por mais intergovernamentalismo, menos ainda por qualquer directório.

A segunda observação que o Sr. Deputado fez tem ocupado muito espaço de discussão dentro da Europa,

isto é, se o BCE deve ter, ou não, um papel diferente daquele que os estatutos lhe cometem.

Sr. Deputado, outros bancos centrais têm outros estatutos e outros objectivos. Mas, sejamos realistas, na

Europa, o receio histórico que vários países têm…

O Sr. João Galamba (PS): — É só um: a Alemanha!!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … quanto à intervenção de bancos centrais na monetização de défices

públicos não permite que exista um consenso suficientemente alargado para que possa ser encontrado um

mandato do BCE substancialmente diferente. Isso não tem impedido, em qualquer caso, o BCE de fazer o que

é necessário para garantir que os canais de crédito à economia, isto é, os canais de transmissão da política

monetária à economia se mantenham a funcionar com eficiência.

O Sr. João Galamba (PS): — Ah…! Estão a funcionar optimamente…!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Também devemos ao BCE a garantia de que alguma estabilização financeira é

conseguida por via da sua intervenção. Mas a capacidade de intervenção do BCE não é — nem creio que haja

consenso para ser, e do meu ponto de vista não deve ser — garantia para os que são indisciplinados e criam

mais dívida, obrigando o BCE, com inflação e com financiamento monetário, a pagar o preço dessa indisciplina

e dessa irresponsabilidade.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Esse é o discurso da Sr.ª Merkel!

O Sr. António Filipe (PCP): — Isso é traduzido do alemão!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E nós estamos a dar um exemplo de que podemos ser responsáveis e

disciplinados, sem importar para os cidadãos e para o resto da Europa mais inflação e outros impostos

escondidos, que não desejaríamos que regressassem a Portugal!

Aplausos do PSD.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Quando chegar à França, a gente vai ver!

A Sr.ª Presidente: — Terminada a resposta do Sr. Primeiro-Ministro…

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, se me permite, de entre todas as perguntas que me fizeram,

houve uma muito particular a que não tive oportunidade de responder, formulada pelo Sr. Deputado Telmo

Correia…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E também à do Deputado António Filipe.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, se a Sr.ª Presidente e a Câmara me permitirem, responderei em

apenas 15 segundos.

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