O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 60

20

Protestos do Deputado do PSD Luís Montenegro.

Sr. Ministro, queria dizer-lhe muito, muito brevemente o seguinte: não espere uma união que não existe!

Aquilo que vai acontecer nos próximos tempos, em Portugal, é uma luta social sem paralelo!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Não aceitamos esta humilhação de quem trabalha para construir o País! Não a aceitaremos!

Aplausos do BE.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A Mesa regista ainda a inscrição do Sr. Deputado Jorge Machado para uma

intervenção. Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Antes de

formular uma questão ao Sr. Ministro, não queria deixar de fazer uma referência à intervenção quer do PSD

quer do PS.

Ao Sr. Deputado do PSD Pedro Roque quero dizer que é curiosa a sua afirmação e que o seu discurso,

retrógrado, nesta Assembleia da República é profundamente contraditório com o do tempo em que o Sr.

Deputado participava nas manifestações da CGTP, ao lado dos professores, a lutar pelas mudanças que, na

altura, se impunham.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Vejam bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sim, vejam bem a hipocrisia dessa vossa participação nesse movimento

sindical!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Bem lembrado!

Risos de Deputados do BE.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Ao Sr. Deputado do PS Miguel Laranjeiro digo que as «lágrimas de

crocodilo» do PS já não convencem absolutamente ninguém! Estas medidas resultam, precisamente, do PEC

4, do «pacto de agressão» que teve a assinatura, o beneplácito do PS! Estas medidas resultam do

comportamento político do Partido Socialista!

O Sr. Ministro disse que este é um dia histórico, em que todos ganhámos. E eu pergunto-lhe: diga lá uma

medida que favoreça os trabalhadores!

Olhe, eu digo-lhe que o presidente do Grupo Sonae, dos Hipermercados Continente e outros, disse o

seguinte: «Banco de horas é uma flexibilidade muito bem-vinda!»…

Vozes do PCP: — Bem lembrado!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — O Presidente da CIP, o «patrão dos patrões» admite «um quadro mais

penalizador para os trabalhadores». Isto é, o patronato diz, claramente que «este é um quadro que penaliza

fortemente os trabalhadores». Em beneficio de quem, Sr. Ministro? Do patronato, como é óbvio!…

Estas medidas, Sr. Ministro, não são nada mais, nada menos, do que uma vergonha, e são um roubo! São

um roubo descarado, porque visam facilitar o despedimento; visam explorar, ainda mais, quem trabalha; visam

pagar menos pelo trabalho realizado — e isso é verdadeiramente inaceitável! Sr. Ministro, o nosso país não

avança com pastéis de nata e exploração!

Páginas Relacionadas