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22 DE JUNHO DE 2012

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Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Roque para uma intervenção.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Para o Partido Social Democrata, o

desemprego é efetivamente uma preocupação. Recusamos liminarmente os epítetos de que somos favoráveis

ao desemprego ou que o desemprego é algo que defendemos ou que a prática governativa o implementa.

Recusamos liminarmente esse epíteto.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — O desemprego é, em primeiro lugar, um problema económico. Com mais

gente desempregada, a pressão sobre os estabilizadores automáticos, sobre a receita e sobre a despesa do

Orçamento do Estado, faz-se sentir, e esse é um problema que queremos combater.

Em segundo lugar, mas sobretudo, o desemprego é um problema social. Cada português, cada família que

se encontra numa situação de desemprego é um problema e uma preocupação para todos nós.

Por isso é que as políticas que têm sido seguidas procuram consolidar as contas públicas e criar as

condições para o aumento da competitividade e para a promoção do crescimento económico.

O desemprego não se combate por milagre, nem, muito menos, por decreto-lei, mas através da criação

dessas condições — e esse tem sido o trabalho que o País tem estado a empreender (e não só o Governo,

mas os portugueses, de um modo geral). O acordo de concertação social é um passo importante nesse

sentido, visando criar as condições para a coesão social e para garantir que haja condições objetivas para o

crescimento económico, única condição — repito, única condição — para que haja uma inversão na tendência

crescente de desemprego.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Daí que um certo aproveitamento demagógico que alguma esquerda faz

deste flagelo social que Portugal atravessa nos mereça uma viva repulsa.

Compreendemos que haja aqui uma disputa e uma guerra não declarada entre a ala mais à esquerda

deste Parlamento. Há uma moção de censura anunciada pelo Partido Comunista Português e obviamente

houve logo uma antecipação por parte do Bloco de Esquerda no debate destas matérias,…

O Sr. Adão Silva (PSD): — Bem observado!

Protestos da Deputada do BE Ana Drago.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — … talvez inspirado no exemplo grego. Mas o Bloco de Esquerda não é o

SYRIZA, nem o seu líder o Sr. Tsipras, nem, muito menos, Portugal é a Grécia. Portugal tem feito um trabalho

notável, reconhecido internacionalmente por todos, no sentido de recuperar a sua economia e a sua

credibilidade, de promover o crescimento e de recuperar o emprego.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Esta é uma guerra surda, mas é uma guerra que existe, como que para ver

quem é o campeão dos crentes, quem é o campeão da revolução, se Lenine ou Trotsky. Mas para esse

peditório todos já demos.

Aquilo que interessa concretamente aos portugueses é criar as condições para vencer as dificuldades e

promover o crescimento e o emprego.

Por último, não deixa de ser curiosa, mais uma vez, a posição que o Partido Socialista aqui nos traz,

dividido entre os «cantos da sereia», mais à esquerda, e uma posição realista e de sentido de Estado, de

forma a convergir no essencial, não podemos esquecer que foi o Partido Socialista e a sua governação que

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