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I SÉRIE — NÚMERO 128

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Negócios Estrangeiros e da Economia, bem como com as embaixadas portuguesas, é ou não uma boa

medida, que permitirá potenciar todo o trabalho que a AICEP tem que fazer?

Uma das vossas propostas tem a ver com a criação de um capital de risco. Sei que o Conselho Estratégico

de Internacionalização da Economia e até o grupo de trabalho não aderem tanto a essa tese da criação de um

capital de risco, mas pelo menos aderem à criação de um fundo autónomo especializado para o efeito.

Também considero que o fundo autónomo é uma solução melhor.

Por isso, pergunto-lhe se considera ou não positiva a alteração que o Governo já fez no que toca à reforma

do capital de risco público, a qual tem uma componente forte para a exportação, que se traduziu em pegar no

InovCapital, no AICEP Capital Global, que bem conhece, e no Turismo Capital e em transformá-los,

verdadeiramente, num fundo de capital de risco. Parece-me que, na linha do que disse, isso o tornou mais ágil,

mais efetivo e deu-lhe uma outra capacidade para ajudar as empresas.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Basílio Horta.

O Sr. Basílio Horta (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, terei que responder muito

brevemente às suas perguntas por já quase não dispor de tempo.

Antes de mais, queria agradecer as suas questões e dizer-lhe que a sua atitude é muito construtiva. Da

parte do Partido Socialista haverá toda a abertura para se introduzirem eventuais alterações que não

desvirtuem as propostas, mas que sejam consensuais. Teríamos o maior gosto em que isso acontecesse.

Quanto à reforma da AICEP, respondo-lhe o seguinte: com certeza. O Banco Mundial, numa publicação de

ontem, depois de ter ouvido 189 agências de investimento e de comércio externo no mundo durante o ano de

2010 e parte do ano de 2011, considerou a AICEP a 9.ª melhor empresa do mundo — está no top ten. Não

obstante ter tido um mau Presidente, tinha uma excelente equipa…

Sr. Deputado, acho que é possível essa reestruturação, mas nunca se esqueça que essa reestruturação é

um hardware, ou seja, tem que meter lá dentro as políticas que possibilitem o êxito e o sucesso da estrutura

criada.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Filipe Matias.

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Vivemos tempos de muitas

dificuldades, mas que devem ser sentidos e vividos como uma janela de imensas oportunidades.

Vivemos ainda as consequências de momentos e decisões de governações passadas e de má memória,

governações que não podemos correr o risco de esquecer. Devemos ter a humildade de com elas aprender e,

com isso, ganhar motivação para ao lado de todos os portugueses criar uma nova forma de defender o

interesse público e induzir um novo e verdadeiro modelo de crescimento económico, social e civilizacional.

Depois de tantos anos, e apesar de termos registado um crescimento significativo da nossa qualidade de

vida, não podemos deixar de analisar o percurso e «sentir um amargo de boca» pelas oportunidades perdidas,

pelos erros cometidos e pela incapacidade de incutirmos na nossa sociedade um conjunto de novos valores,

de novas causas, mas, acima de tudo, uma nova forma de ver o País e de construir um novo conceito de

sociedade.

Todos os portugueses são testemunhas do que nos trouxe até aqui. Todos nós sabemos quem foram os

principais responsáveis, mas não é tempo de lamúrias ou queixumes, é, sim, o momento de não acertarmos

contas, porque o passado será feito e analisado pela história e pela nossa memória.

É tempo, isso sim, de construir e ganhar o futuro. Um Portugal do futuro que será razão direta do trabalho,

da ambição, da exigência, da afirmação, da vontade e da conquista.

Esse futuro só se pode atingir com uma economia sólida, que crie oportunidades, que crie empregos, que

consiga gerar confiança e que com isso promova mais riqueza.

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