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I SÉRIE — NÚMERO 10

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O Sr. Mota Andrade (PS): — Mas não parece!

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Tenho um belo ensinamento na minha vida: quando era mais

pequeno, o meu pai falava-me, várias vezes, numa potencial «árvore das patacas» e dizia-me que para que eu

e o meu irmão pudéssemos estudar até mais tarde ele tinha que fazer alguns sacrifícios, e sobretudo

trabalhar.

Aquilo que VV. Ex.as

, às vezes, parecem querer dizer é que, no nosso País, nos últimos anos, nada se

passou e que basta abanar a «árvore das patacas» para o dinheiro cair e sustentar a nossa vida.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Isso não existe, Sr.a Deputada Heloísa Apolónia!

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

O que existe é um ajustamento, que estamos a fazer, um ajustamento com consciência social,

naturalmente reconhecendo que alguns setores da sociedade vivem graves sacrifícios.

Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.

Nós, enquanto Deputados — e sei que isto é partilhado pela bancada do CDS-PP —, agora, que vamos

iniciar um processo orçamental, desafiamos a Sr.a Deputada a apresentar propostas que contribuam para o

País, com soluções no quadro das dificuldades que vivemos.

Protestos do PCP e de Os Verdes.

Infelizmente, não há «árvores das patacas» para abanar no nosso País, Sr.a Deputada!

Lamento desiludi-la, mas fico-lhe grato que possa trazer para a nossa discussão propostas alternativas e

sugestões que melhorem o trabalho que todos, enquanto responsáveis políticos, temos que fazer para

Portugal e, sobretudo, dar uma mensagem aos mais novos no sentido de dizer que há um futuro para o nosso

País. É nisso que acredito, Sr.a Deputada!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Na próxima ronda de perguntas ao Sr. Deputado Paulo Batista Santos, tem a palavra

a Sr.a Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado Paulo Batista Santos, ouvi

com toda a atenção a intervenção que fez na tribuna e a resposta que acaba de dar à Sr.a Deputada Heloísa

Apolónia e penso que há algo que não bate certo.

É que o Sr. Deputado tentou fazer, enfim, uma elencagem de reflexões não muito coincidentes e

concordantes umas com as outras, que, creio, mostra claramente como está a bancada do PSD e o estado da

alma dos Deputados do PSD, que vão tendo algum conhecimento do que é o País e percebendo que, hoje, o

caminho e a situação a que o Governo conduziu os portugueses — a esmagadora maioria dos portugueses —

é absolutamente insustentável.

O Sr. Deputado levou-nos aqui entre a esquerda e a direita, a Monarquia e a República, o Estado da

ditadura e o Estado da democracia, fazendo comparações. Devo dizer, Sr. Deputado, que não está certamente

nos seus melhores dias.

Mas a verdade é que não há coincidências! A verdade é que, nos últimos debates que têm vindo a ser

feitos na Assembleia da República, por muito que haja esta mantra de que há um programa de ajustamento,

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