I SÉRIE — NÚMERO 17
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O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — O Ministro Pedro Mota Soares.
Aplausos do PS.
O Ministro que deve defender os trabalhadores, que deve defender os mais desprotegidos, as crianças, os
idosos, é o Ministro que está a propor o maior ataque social da história democrática!
Quando ataca os trabalhadores, quando ataca os mais pobres, quando apresenta medidas de uma
insensibilidade gritante, promove a pobreza, a desgraça social, torna-se, Sr. Ministro Mota Soares — lamento
dizê-lo —, o Ministro mais antissocial da história democrática em Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, tem de concluir.
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Há um ano, o jornal Expresso dizia que 2012 ia ser o ano da insegurança
social. Aquilo que os senhores membros do Governo, o PSD e o CDS estão a propor para 2013 é um ano da
hiperinsegurança social, lançando o caos social, lançando a pobreza generalizada. Chega! Chega de falácias!
Protestos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, tem de terminar!
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Sr. Presidente, agradeço a sua tolerância, mas gostaria de dizer ao Sr.
Ministro que chega de falácias. Governe!
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Governe a favor dos mais desfavorecidos, daqueles que têm mais dificuldades, apresente medidas!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, tem de concluir!
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — É isso que não está a acontecer e terá, naturalmente, o voto contra do
Partido Socialista em todas as medidas que forem contra as pessoas, contra os trabalhadores, contra os mais
desfavorecidos.
Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, nós não podemos cair numa situação em que a Mesa
faça sucessivos apelos para que os Srs. Deputados terminem a intervenção porque já concluíram largamente
o seu tempo e os Srs. Deputados não respeitem esse apelo da Mesa. Poderemos cair numa situação em que
sejamos obrigados a retirar a palavra, o que é extremamente desagradável e não pretendemos fazê-lo.
O Sr. Deputado Adão Silva está inscrito…
O Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social: — Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para que efeito, Sr. Ministro?
O Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social: — Para uma interpelação à Mesa, Sr.
Presidente.