O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 44

30

O Sr. Miguel Freitas (PS): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: As ideias do PCP são boas, mas não

são novas e, devo dizer, nem os destinatários acreditam nelas.

Aumentos: aumentos de salários, aumentos de pensões, aumentos de subsídios de desemprego,

aumentos das prestações socias;…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — O PS não está para isso!…

O Sr. Miguel Freitas (PS): — … congelamentos: congelamento de preços, congelamento de taxas; e

anulações: ao ponto de falarem na anulação dos aumentos das taxas e custos dos serviços públicos

verificados desde há dois anos. Ora, isto significa o reconhecimento, hoje, pelo PCP, de que era justo o que,

na altura, considerava tremendamente injusto, ou seja, os custos dos serviços públicos de há dois anos.

Sr. Deputado Bruno Dias, este é o discurso de esquerda que a direita gosta de ouvir.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Não, o seu é que é!

O Sr. Miguel Freitas (PS): — É o discurso da esquerda que a direita gosta de ouvir! É o discurso do:

«rasgue-se o Memorando», «meta-se tudo no mesmo saco», «reivindiquem-se todos os aumentos»,

«prometa-se tudo a todos, custe o que custar». Este é, repito, o discurso da esquerda que a direita gosta de

ouvir.

Sr. Deputado, não nos enganamos nos adversários, e o adversário é a política recessiva deste Governo,

que tem levado ao aumento exponencial do desemprego. Ainda ontem foi anunciado pela OCDE que Portugal

é o segundo País onde mais emprego se destrói neste momento: 870 000 desempregados; 175 000 jovens

desempregados; 6000 empresas foram à falência desde que este Governo tomou posse. Este é o nosso

principal adversário!

Portanto, Srs. Deputados, quero transmitir-vos que o Partido Socialista acredita que é possível haver uma

política que cumpra os compromissos de rigor orçamental e que olhe para a economia e para o emprego.

Temos vindo a apresentar propostas concretas para financiar a economia. Durante o Orçamento do

Estado, apresentámos um conjunto de propostas quanto ao IMI e quanto à taxação dos subsídios de doença e

de desemprego, e ainda hoje apresentámos aqui uma medida no sentido de aliviar os custos pagos pelos

consumidores à banca.

É nisto que acreditamos, numa política de rigor e numa política de alívio dos sacrifícios dos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Serra,

do PSD.

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Hoje é um dia importante para Portugal

e, em particular, para os portugueses. É um dia em que a confiança de Portugal sai reforçada nos mercados

externos, o que mostra que o sentido de responsabilidade do Governo e o esforço dos portugueses deram os

seus frutos.

Conseguimos voltar aos mercados com sucesso, como o Governo e a maioria sempre acreditaram, mas

como muitos outros não esperavam e não acreditaram.

Emitimos dívida com o valor mais baixo dos últimos 30 meses e com uma procura superior à oferta, algo

que para muitos foi uma surpresa. Para nós, PSD, quando se trabalha seriamente com o sacrifício de todos,

quando se acredita em Portugal e nos portugueses e quando é o futuro das próximas gerações que está em

causa, o sucesso não é uma surpresa, é uma obrigação à qual não podemos falhar e não vamos falhar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Contudo, ainda existe muito por fazer. Como transmitiu o porta-voz do executivo comunitário para os

assuntos económicos e monetários: «Para manter esta tendência positiva e para Portugal continuar a avançar

Páginas Relacionadas
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 44 24 O Sr. Duarte Cordeiro (PS): — Sr. Presi
Pág.Página 24
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 44 28 Também é preciso entender que, de facto, apesa
Pág.Página 28
Página 0029:
24 DE JANEIRO DE 2013 29 Se concordam com o diagnóstico, então lanço o desafio de d
Pág.Página 29