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25 DE JANEIRO DE 2013

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É também óbvio que tal consenso só se poderia hoje gerar em torno de uma mudança profunda do

processo de ajustamento, que agora pudesse conciliar rigor com crescimento económico.

Aplausos do PS.

Mas o que temos é um Primeiro-Ministro cego, guiado por uma cegueira ideológica, que não vê o País a

definhar, as empresas a falir e a dívida a aumentar.

Será que, mais uma vez, seremos os últimos na Europa a defender os nossos próprios interesses, a lutar

pela mudança do processo de ajustamento, por políticas de crescimento económico, para contrariar a espiral

recessiva?

Aplausos do PS.

A vontade de mudança será muito rapidamente testada aquando das decisões sobre o corte de 4000

milhões de euros, na sétima avaliação com a troica. O corte no Estado social condenaria o País a mais um

ano de recessão — assim o indicam os multiplicadores orçamentais e as previsões do Banco de Portugal — e

minaria as bases do nosso modelo social.

Precisamos de mudar, de regressar ao consenso nacional, de lutar na Europa pela estabilização

económica do País, em vez de medidas de política isolacionistas de prolongamento da espiral recessiva.

Como alguém disse, de nada vale o regresso aos mercados sem o regresso ao crescimento económico.

Aplausos do PS.

Precisávamos de um Governo que estivesse à altura deste desafio, que se juntasse ao País, atores

institucionais, parceiros sociais, universidades, partidos políticos, que têm exigido uma mudança deste

processo de ajustamento.

Mas é isso que temos, Sr.as

e Srs. Deputados? Não, infelizmente não! Para mal dos portugueses, para mal

de Portugal.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — A Mesa registou as inscrições dos Srs. Deputados João Pinho de Almeida, Honório

Novo, Miguel Frasquilho e Pedro Filipe Soares para pedidos de esclarecimento.

Pergunto ao Sr. Deputado Pedro Jesus Marques como pretende responder.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Responderei dois a dois, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: — Muito bem, Sr. Deputado.

Tem, pois, a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Jesus Marques, para lhe

colocar uma questão havia duas hipóteses: pegar no discurso que o Sr. Deputado aqui fez, um discurso

claramente do Partido Socialista, de tentar fugir à realidade que vivemos neste momento e à participação que

o PS teve, não só nas causas do que nos trouxe até aqui, mas também na definição do modelo de como todo

este processo iria decorrer; a outra hipótese seria a de agarrar em frases suas — que também disse, deve

reconhecer-se — que apelam a um consenso e que são muito mais inspiradoras do que as outras e que se

percebe serem, provavelmente, para consumo interno.

Disse o Sr. Deputado, a propósito do regresso do País aos mercados, que é inegável que o resultado é

positivo — ainda bem que o Partido Socialista o reconhece. E disse que muito mais tem de ser feito — não

tenha dúvida de que também reconhecemos isso. Portanto, agarrando na capacidade que o Partido Socialista,

pelos vistos, afinal, tem de reconhecer que vivemos ontem um momento importante e que o resultado é

positivo,…

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