O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 70

28

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, quanto aos professores, com as

alterações referidas, um professor do Porto pode ter de ir para Bragança e um professor de Lisboa pode ter de

ir para Portalegre. Vai dar carro de serviço aos professores?

Aplausos do BE.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada, quero apenas dizer-lhe que não.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não diz quantos funcionários quer

despedir na função pública, não diz o que pensa fazer aos professores que vão ser obrigados a viajar do Porto

a Bragança, de Lisboa a Portalegre, não diz nada sobre a crise social que o País atravessa, ao desemprego

responde apenas com mais desemprego.

Sr. Primeiro-Ministro, o desafio que tenho para lhe fazer é simples: ofereça a si próprio uma das

oportunidades que quer oferecer aos funcionários públicos — rescinda! Vai ver que os portugueses vão ficar

contentes por se verem livres de si. Demita-se, não tenha medo dessa nova oportunidade!

O Sr. Primeiro-Ministro está completamente isolado. O CDS, seu parceiro de coligação, esteve hoje aqui

tão animado como num velório e Paulo Portas, seu parceiro de coligação, anda escondido a inaugurar

ginásios e a batizar eventos desportivos. Não há já ninguém que possa suportar este Governo. É um Governo

que falhou no desemprego, falhou na recessão, falhou nas falências, falha a dar resposta ao essencial.

As escolas e os hospitais estão em pré-rotura, cresce a pobreza, cresce a pobreza infantil em Portugal.

Estamos a retroceder em mais de 20 anos nos indicadores sociais, e o Sr. Primeiro-Ministro engana-se

quando pensa que são os credores que avaliam a ação do Governo. Em democracia, não são os credores que

avaliam o Governo, são os cidadãos, e os portugueses vão demitir este Governo.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, quero apenas dizer que concordo com a última afirmação da

Sr.ª Deputada Catarina Martins: são os cidadãos que avaliam politicamente os seus governos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra, em nome de Os Verdes, a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, queria voltar um pouco ao

início do debate, à resposta que deu ao PSD, quando admitiu que nem todas as decisões do Governo foram

eventualmente adequadas.

Gostava, então, que o Sr. Primeiro-Ministro especificasse, decorrido este tempo, quais as decisões

tomadas pelo Governo relativamente às quais tem hoje consciência de que não foram adequadas. É que

ficámos na dúvida. Terá sido, eventualmente, o aumento do IVA na restauração? Terá sido o aumento do IVA

na eletricidade e no gás natural? Terá sido, eventualmente, o confisco das pensões de reforma? Ficámos na

dúvida, Sr. Primeiro-Ministro, pelo que gostaríamos de uma resposta concreta.

Páginas Relacionadas
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 70 32 Vamos começar por votar o voto n.º 117/XII (2.
Pág.Página 32
Página 0033:
23 DE MARÇO DE 2013 33 Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.
Pág.Página 33