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I SÉRIE — NÚMERO 81

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Sabe qual é o problema, Sr. Primeiro-Ministro? É que temos um problema político sério em Portugal: neste

momento, temos um Governo que perde o tempo todo a namorar a troica, a namorar o PS, a namorar o CDS.

Isto é um namoro pegado, Sr. Primeiro-Ministro, mas o Governo não foi eleito para namorar!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Pare com isso, Sr. Primeiro-Ministro! Com toda a franqueza, olhe para a realidade concreta do País e

governe no sentido de resolver os problemas.

O problema do País não é o Governo estar com sérios problema de se manter em funções; esse não é o

problema do País. Ou seja, o Sr. Primeiro-Ministro anda a estudar a forma de se conseguir manter no Governo

até ao final da Legislatura, mas não é com isso que os portugueses estão preocupados. De resto, aquilo que

os portugueses entendem que é sua preocupação é justamente que o Governo se mantenha em funções até

ao final da Legislatura.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, pare de perder o seu tempo a pensar como é que aqui se vai manter, se

tem ou não o apoio do PS, se o CDS o trama ou não. Veja o que é que, de facto, está a acontecer e resolva,

por favor, os problemas concretos das pessoas. Quando os problemas concretos das pessoas decorrem

também, em grande medida, de políticas concretas absolutamente nefastas do ponto de vista económico e

social, isso é um drama para o País.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Primeiro-Ministro, vamos lá começar a governar! Começar a

governar é começar a resolver os problemas concretos dos portugueses.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, ainda dispõe de tempo.

Faça favor.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, sobre a linguagem que a

senhora emprega nestas intervenções parlamentares nada mais tenho a fazer do que remeter para a Sr.ª

Presidente da Assembleia, a quem cabe intervir nessa matéria.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Quanto à emergência social, quero apenas recordar o que eu disse, ou seja, que a emergência social é

real, e é por ser real que o Governo a incorporou nos seus instrumentos e na sua busca de cooperação com

as entidades do setor social que possam ajudar a amortecer os efeitos da crise.

Finalmente, Sr.ª Deputada, aproveito para responder do mesmo passo ao Sr. Deputado João Semedo, que

formulou, não as mesmas, mas o mesmo tipo de insinuação quanto às minhas preocupações. Srs. Deputados,

elas não podem andar mais longe do romance que aqui foi apresentado pela Sr.ª Deputada e pelo Sr.

Deputado João Semedo. Mas quero dizer que num aspeto a Sr.ª Deputada está tão equivocada quanto isto:

namorar, tenho, felizmente, namorado com a minha mulher.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Terminado o debate, resta-me cumprimentar o Sr. Primeiro-Ministro e os Srs.

Membros do Governo, com um cumprimento particular aos novos Membros do Governo.

Srs. Deputados, vamos entrar no período regimental de votações.

Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum, utilizando o sistema eletrónico.

Pausa.

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